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Partido israelense aprova retomada de construções em colônias na Cisjordânia
Jerusalém, 24/06/2010, (EFE)
O Comitê Central do Likud, partido conservador do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aprovou nesta quinta-feira uma resolução a favor de retomar as construções de assentamento judeus na Cisjordânia em setembro.
A decisão foi tomada por arrasadora maioria e prevê que no dia 26 de setembro termine o prazo de dez meses fixado pelo Governo israelense durante o qual foi proibida temporariamente a construção de colônias na Cisjordânia, com algumas exceções.
Cerca de 2.500 membros do comitê foram convocados a uma reunião do órgão central do Likud, que realizou na tarde hoje, em Tel Aviv, uma sessão especial na qual incluiu entre os temas do dia "construções em Samaria e Judeia" – como os israelenses chamam a Cisjordânia -, segundo o site do partido de direita.
No entanto, segundo a imprensa local, uma minoria dos membros da formação conservadora foi à reunião.
O presidente do Parlamento israelense, Reuven Rivlin, disse à imprensa confiar em que a decisão não será considerada uma provocação, "como se o Likud estivesse provocando o mundo inteiro", segundo suas palavras.
E confirmou a posição tradicional de seu partido de que "os judeus podem assentar-se em todas as partes de Israel", em referência a territórios que incluem a Cisjordânia e Jerusalém.
"Independentemente da decisão de hoje, prometemos que retomaremos a construção quando terminar a moratória", assegurou Rivlin.
O Governo israelense declarou a moratória de construções nas colônias judias na Cisjordânia depois das exigências da Administração do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com o objetivo de abrir espaço para as negociações com os palestinos.
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) suspendeu o processo de paz com Israel por causa da ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009 e condicionava qualquer reatamento do diálogo à possibilidade de Israel cessar totalmente a expansão colonial não só na Cisjordânia, mas também em Jerusalém Oriental, onde tem a intenção de estabelecer sua capital.
Foto: (EFE)