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Outono será de tempo seco e chuvas irregulares na Serra Catarinense

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Foto: Marcela Ramos

O Equinócio de outono iniciou nesta sexta-feira (20), e após um verão marcado pela falta de chuva e intensas ondas de calor, o outono será uma estação que contará com duas características fortes: o aumento da frequência de nevoeiros e a grande amplitude térmica, com manhãs e noites frias e tardes quentes. 

O engenheiro agrônomo da estação Climaterra, Ronaldo Coutinho do Prado,  afirma que a estação permanece com tempo seco, chuvas irregulares e alternância de frio e calor mais fortes que o normal. “Na verdade, nosso outono começou no final de fevereiro. O outono não começa por decreto (data específica), mas pelas características. E as características já começaram ali, no feriado de carnaval. Foi mais cedo este ano”, explica. 

O outono começou com temperaturas baixas na Serra Catarinense. Em Urupema a mínima foi de 6°C nesta sexta-feira (20). Em Lages, os termômetros marcavam 13°C. O tempo permanece com céu azul, sol e algumas nuvens. A máxima deve chegar aos 24°C para os serranos. 

O fim de semana permanece de sol com algumas nuvens, a previsão de chuva está descartada. Em Lages as temperaturas não sofrem alterações significativas, permanecem as manhãs frias, com a mínima variando de 13°C a 14°C, e à tarde a temperatura se eleva, máximas de 24°C a 26°C. “Seguem as manhãs frias e tardes agradáveis”, afirma Coutinho. 

Segunda-feira (23) segue com tempo ensolarado, temperaturas amenas e sem possibilidade de chuva em Lages. Mínima de 13°C e máxima de 24°C. 

 

>> Tendência de 24 de março a 2 de abril 

 

Neste período, retorna a condição de tempo mais seco sem chuva significativa em Santa Catarina, entre os dias 24 a 29. Apenas no Litoral e áreas próximas, há condição de chuva isolada nos dias 24 a 26/03, especialmente no período noturno e início da manhã, associada à circulação marítima. A temperatura fica ligeiramente mais baixa no estado no início do período, devido a um sistema de alta pressão no Sul do Brasil. No decorrer da semana (24 a 29/03), a temperatura volta a subir em todas as regiões.

 

>> O que é equinócio?

 

Equinócios acontecem duas vezes por ano, quando o dia e a noite têm a mesma duração. O fenômeno acontece com todos os planetas do Sistema Solar. 

Equinócios ocorrem quando o sol está diretamente sobre a linha do equador. Isso faz com que o terminador do planeta, a linha que separa os lados iluminado e escuro da Terra, atravesse o polo sul e o pólo norte do planeta.

Quando a Terra está nesse ângulo, todas as áreas do planeta recebem a mesma quantidade de sol e de escuridão. 

Os equinócios de primavera e de outono, junto dos solstícios de inverno e de verão, anunciam a mudança das estações. 

No Hemisfério Sul da Terra, por exemplo, o equinócio da primavera indica que o inverno acabou, próximo ao dia 22 de setembro; enquanto o de outono marca o fim do verão, em 21 de março. No Hemisfério Norte, as estações são invertidas.

 

>> Outono pode agravar casos de coronavírus no Brasil

 

O ar mais seco e a queda da temperatura chegam com o outono brasileiro e aumentam os riscos de contágio do coronavírus. 

Com a chegada do outono vem a baixa umidade relativa do ar e as oscilações de temperatura. O ar fica mais seco, o que aumenta a concentração de poluentes na atmosfera.

Esse conjunto de condições eleva o risco de doenças respiratórias como resfriado, gripe, crises de asma, sinusite, pneumonia, bronquite e, agora, infecção pelo coronavírus.

De acordo com o Hospital do Coração (HCor), em São Paulo, há um aumento de 30% a 40% no atendimento de pacientes com doenças respiratórias. Doenças cardiovasculares também têm maior incidência nessa época do ano. 

Camila Bicalho, professora no curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica (PUC), afirma que há um aumento das doenças nessa estação “principalmente porque quando diminui a temperatura, as pessoas se aglomeram. Aí as pessoas fecham as janelas dos ônibus, das casas, das escolas”.  

Ela explica que “no verão, as pessoas deixam a casa toda aberta por causa do calor. No inverno, a gente tende a deixar fechado. Com essa aglomeração de pessoas, o vírus respiratório, de forma geral, acaba ficando naquele ambiente”, afirma.  

Mas não é só isso. O organismo também muda conforme as variações de temperatura, poluição e umidade do ar. “Quando o tempo está mais frio, existe uma vasoconstrição dos vasos do nariz e isso acaba dificultando que o nariz faça a limpeza por meio do batimento ciliar, que impede com que tenha uma maior entrada de vírus e outros organismos pelo nariz.” 

Para evitar contrair doenças respiratórias, é necessário manter o organismo hidratado, evitar fumar ou estar em lugares com muita poeira ou fumaça, higienizar as mãos corretamente, manter o ambiente arejado, assim como as vacinas em dia e hábitos saudáveis: sono adequado, alimentação saudável, exercícios físicos.

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