Eleições
Neusete Maziero (DEM), candidata a deputada federal
Correio Lageano: De que forma a senhora planeja conseguir os mais de 40 mil votos necessários para garantir uma vaga na Câmara dos Deputados?
Neusete Maziero: A política é um exercício de atividades que desenvolve a vontade de trabalhar pelo bem comum. Há muitos anos faço isso. Fui vereadora por dois mandatos, secretária de Saúde e Assistência Social em Correia Pinto. Isso me dá condição de ter o contato muito próximo com o cidadão. A decisão de ser candidata a deputada federal parte de duas situações: Primeiro para não dividir grupos. Para estar em um contexto maior, até porque existem muitos candidatos a deputado estadual na Serra Catarinense. A ideia é somar, e não criar mais parcelas de divisão. Segundo detalhe: o fato é que conheço na vivência e na essência o que é o povo serrano. Bem como, as dificuldades e particularidades. É nesta busca que quero fazer essa trajetória para saber representar aquilo que se tem vivência e conhecimento. As necessidades da Serra Catarinense são muitas. A busca pela quantidade de votos, é evidente que sei que é uma quantidade alta, analisando o fato de que sou de uma região que não dispõe de tantos votos. Mas se canalizar todos os votos da Serra Catarinense, que chega em torno de 240 mil, poderemos eleger mais de um deputado federal. É preciso ter candidaturas que faça que o povo serrano tenha consciência do que é o compromisso. Compromisso de quem passa por aqui de vez em quando, arrecada votos com a promessa que vai lembrar da região, é bem diferente do compromisso de quem é daqui. Que realmente sabe de todas as dificuldades e desafios que o serrano passa, e que defenderá incansávelmente a Serra por igualdade. Para que haja oportunidades tanto quanto há em outros municípios.
A senhora sabe que existe a Lei de Cotas, que obriga os partidos preencherem 30% das vagas com candidaturas de mulheres. A sua candidatura é somente para preencher a cota obrigatória?
Gostei muito desse pergunta. Justamente pelo fato de que é uma dúvida que acaba gerando se a intenção era essa. O que posso dizer é que o presidente do meu partido fez o convite para ser candidata a deputada estadual. Coloquei toda a situação do quadro da Serra Catarinense e que estaria disposta se fosse uma candidatura ao cargo de deputada federal. Tenho a certeza absoluta que o partido olhou pra gente com a certeza que iríamos a luta. Tanto é que estou em campanha procurando este espaço. Não aceitaria ir apenas para cumprir tabela. Não aceitaria colocar meu nome e nem brincar com as pessoas pedindo voto, com uma leitura que queria apenas preencher vaga. Até porque a condição de mulher, nós procuramos sim, não definir se é cota de mulher ou cota para os homens. Acredito nisso, independentemente de ser mulher, precisamos buscar votos para defender a nossa gente, para defender os princípios que temos como leitura, o que é necessário para melhorar as condições de vida do serrano, do catarinense e do povo brasileiro que passa por um momento de muitas dificuldades. Cada cidadão sabe, dentro de casa, as dificuldades que enfrenta. Sabe como é difícil hoje colocar a alimentação à mesa, ter atendimento na saúde e os custos para manter o filho na escola. Todas essas situações irritam muito por ver que está mais do que na hora de tentar outros posicionamentos. Queremos mostrar que é possível fazer a gestão de um País que é rico, que tem recursos, tem recursos humanos, que sabemos dar outro encaminhamento que não seja este que nos entristece tanto, onde o cidadão tem empobrecido cada dia mais.
Como a senhora já é do meio político, deve acompanhar a movimentação do Congresso Nacional. Se fosse deputada hoje, que projetos a senhora destacaria como importantes dos que tramitam no Congresso Nacional?
Gostaria de fazer uma observação. Sabemos que o modelo que está instalado é falho. Porque não está suprindo as nossas necessidades. O que temos comprovado, hoje, é que as proposições que tramitam têm alguns problemas muito sérios, ou por conchavos ou por interesses escusos, mas elas não vão adiante. Porque não há uma clareza com o cidadão. O que precisa ser feito? O que a deputada federal Neusete precisa fazer? Nunca perder a sintonia com o cidadão, nunca perder a ligação com a comunidade, com as pessoas. Porque o que está lá no papel, tem que estar em consonância com a nossa realidade. É muito fácil agora, nesse período, candidatos virem e dizer que irão resolver todos os problemas. Os problemas não serão resolvidos do dia para a noite, porque não existe uma receita milagrosa. Se lá no Congresso estivessem todos projetos que vão solucionar nossos problemas, já estariam solucionados. Mas o que falta muito em um político, é a interação com o cidadão para mostrar a realidade dele, quais os desafios. A geração de oportunidades é uma coisa que está faltando muito. Temos que criar isso de que forma? Ouvir o cidadão em cada particularidade que a região exige. Dessa forma, fazer que a tramitação de projetos sejam com os pés nos chão. Não podemos criar outras artimanhas que sejam essas, que não venham a dar oportunidades que tanto as pessoas procuram.
Por que acredita que os eleitores devem votar na senhora?
Eu preciso do voto do cidadão. Preciso do seu voto. Porque tenho o compromisso de estar próximo às pessoas. Tenho compromissos éticos. Tenho uma vida para estar dessa forma dentro da minha comunidade. Não faço política agora no mês das eleições. Faço política a vida inteira, quase 50 anos, trabalhando com a comunidade. Pois política é uma opção de vida, é uma forma de se trabalhar, se doar. Preciso que você deposite seu voto para deputada federal Neusete Maziero (2555). A data está chegando, é o momento de definir os rumos da região serrana. Os rumos que vamos dar pra nossa gente, para nossa terra. O seu voto é fundamental. Votar com consciência, votar em quem é daqui. Votar em que você poderá chegar e cobrar.
O Correio Lageano publica uma série de entrevistas com os candidatos a deputado estadual e federal dos municípios da Serra Catarinense. Essas entrevistas acontecem sempre às terças e quintas-feiras às 10h30 e às 14h30, ao vivo, pelo Facebook, no CL Entrevista nas Eleições 2018.