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Município deve ter safra recorde de milho

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FotoCopercampos / Divulgação

Nos próximos 15 dias, deve se iniciar a colheita de milho no município. Dos 2.500 hectares, a estimativa de colheita é de 25.5 mil toneladas, ou 10 toneladas por hectare. A produção local é maior, mas estamos levando em conta somente as propriedades atendidas pela Copercampos.

Segundo o engenheiro agrônomo da cooperativa, Tomás de Almeida Bruse, o aumento da produção se deve, principalmente, ao uso de sementes de alta tecnologia. “A produtividade dessas sementes é muita alta. Estimamos entre 170 e 180 sacas por hectare, quantidade bem maior da obtida com sementes comuns.”

O milho é de grande importância para a economia da região e do estado. Santa Catarina lidera a produção de suínos e está em segundo lugar na produção de aves. O grão é o principal insumo na composição da ração animal. Como a produção estadual não é a suficiente, grande parte é importada do Mato Grosso.

Conhecido como celeiro da Serra Catarinense, Campo Belo do Sul se destaca na produção de grãos. Além do milho, simultaneamente está prestes a colher a soja e o feijão. As últimas chuvas não estão atrapalhando a colheita da soja. Tomás explica que a colheita ocorreu em apenas duas ou três lavouras, que utilizam sementes super-precoce, que amadurecem primeiro. A área colhida não chega a 100 hectares.

É praticamente nada, se comparada a área total de 9 mil hectares cultivados com soja. “Vamos colher entre o final de março e abril. Essa chuva só está ajudando a produção. A produção média deve ficar em 65 sacas por hectare.” A quantidade é considerada muito boa. A soja é uma cultura que não pode ser colhida com os campos úmidos. As colheitadeiras perdem rendimento com a água, ou seja, parte da produção fica na lavoura, gerando prejuízos ao produtor.

Em relação ao feijão, os cooperados da Copercampos cultivaram 300 hectares e cerca de 30% já foi colhido. A produtividade média está em 45 sacas por hectare. Depois das colheitas, as terras são cultivadas com aveia e azevém, seja para a alimentação do gado ou simplesmente para evitar a erosão e nutrir o solo para a próxima safra.

Na Serra Catarinense

Historicamente, a região se destaca pela produção pecuária. Mas, aos poucos, a produção de grãos ganha espaço. Municípios como Correia Pinto e Otacílio Costa, referências na produção de madeira, já surgem no mapa da produção de milho e soja. Bocaina do Sul e Bom Retiro também cultivam grãos.

Mas a grande promessa está na região da Coxilha Rica. A produção, principalmente de soja, cresce a cada ano. Calcula-se que quando estiver produzindo a pleno, Lages ficará entre os principais produtores do Estado, superando até alguns municípios da região Oeste. A pavimentação asfáltica e a construção de pontes é outro fator que facilitará o escoamento da produção.

Produção aumenta 10% em Santa Catarina

Maior importador de milho do Brasil, Santa Catarina espera um aumento de 10% na safra de milho grão. Segundo informações do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), os produtores devem colher 2,7 milhões de toneladas na safra 2018/19 – 261 toneladas a mais do que no último ano.  O grão é matéria prima indispensável para abastecer o setor produtivo de carnes, carro chefe da economia catarinense.

O crescimento na safra é resultado do aumento da área plantada e da produtividade. Em Santa Catarina serão 328,6 mil hectares cultivados com milho grão – um incremento de 7,4% em relação à safra 2017/18. O ganho de área pode ser explicado pelos preços favoráveis do grão desde o início deste ano e também pela necessidade de rotação de culturas com a soja.

Milho 10 T

O sonho catarinense de ter uma produtividade média de 10 toneladas/hectare já é realidade nas regiões de Xanxerê, Campos Novos e Campo Belo do Sul – e a expectativa é de que, até 2020, essa seja a produtividade de todo o estado.

Para a próxima safra, o rendimento das lavouras de milho grão deve ficar em 8,3 toneladas/hectare – o maior rendimento do Brasil. “Com sementes de alto valor genético e com alto padrão de produtividade, nós esperamos uma safra muito boa. Os produtores catarinenses investem cada vez mais em tecnologias e, se o clima for favorável, nós vamos fazer da safra 2018/19 um recorde na produção”, ressalta o secretário da Agricultura e da Pesca, Airton Spies.

 

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