Mulheres precisam de equipamentos para fazer bolo no pote

Denise Aparecida da Silva, de 35 anos, mãe de 8 oito filhos, não tem renda fixa e o marido também está desempregado. A família vive, basicamente, do Bolsa Família e do que ela arrecada vendendo prendedores de roupas pelas ruas do Centro de Lages, o que não rende muito, segundo ela.

“Há dias que fico das 9 horas até as 16 horas, enfrentando chuva e calor sem conseguir vender”, explica. Mesmo assim, luta para oferecer uma de vida melhor para a família.

O sonho de Denise está mais perto de se concretizar, pois ela, é uma das 12 integrantes de um grupo de mulheres que, por meio da Economia Solidária, buscam melhorar as condições de vida através da democracia, na qual prevalece a produção e a renda coletiva. Neste caso, a fabricação e comercialização de bolos no pote e bombons de chocolate.

O interesse em poder produzir, vender, investir e partilhar foi despertando aos poucos. Frequentando os serviços do Centro de Referência de Assistência Social Maria Aparecida Gomes (Cras II), através dos grupos de serviços de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) e de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), no Bairro Centenário, em Lages, há pelos menos um ano.

Essas mulheres tiveram a oportunidade de aprender um pouco sobre cooperativas, inclusão produtiva, empreendedorismo, educação financeira e, por fim, Economia Solidária. As reuniões ocorrem semanalmente. 

De acordo com a psicóloga Vanessa Ribeiro, o ponta pé inicial surgiu após uma reunião  realizada no fim de novembro. “Pensamos estrategicamente as possibilidades de efetivar nosso grupo de Economia Solidária,” conta. 

Denise é uma das 12 integrantes de um grupo de mulheres que visam mudar de vida através da Economia Solidária

O projeto

Incentivadas pela assistente social Vanessa Ribeiro e pela psicóloga Larissa Liz, ambas do Cras II, em parceria com a equipe da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Uniplac – ITCP-Uniplac, coordenada pelo professor Geraldo Augusto Locks, elas pretendem por seu projeto em prática.

Só que para esse projeto sair do papel e contribuir para melhorar a qualidade de vida dessas famílias, elas precisam do apoio da comunidade. O espaço para trabalhar, que era uma das preocupações, já está garantido. A Prefeitura de Lages cedeu a cozinha do antigo Cras II. 

Produção

Inicialmente, o grupo que ainda não definiu um nome, tem como objetivo produzir bolos no pote e bombons de chocolate para vender. Mas, para isso, precisam da doação de equipamentos: uma batedeira, uma geladeira, um forno elétrico, um forno micro-ondas, panos de pratos, bacias, formas (30cm) e potes com tampa (250mg).

Doações

Quem tiver interesse em contribuir com o projeto poderá procurar o Cras II, à Rua Visconde de Cairu, fundos do Centro Dia, no Centenário, em Lages. Para mais informações pode ligar para o número 3019-7484 e falar com Larissa ou pelo número 9 99253750 e falar com Vanessa.