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Movimento Azul para chamar atenção da sociedade
Já imaginou todos da família serem convidados para uma festa menos você? Ou, então, não ser aceito em um lugar público onde a maioria das pessoas são bem recepcionadas? Se você acha que isso é uma história que só se vê em novelas, ou em livros e revistas, está enganado. Em Lages, muitas famílias têm passado por isso, principalmente àquelas em que as crianças possuem alguma deficiência ou doença.
Depois de uma criança não ter sido convidada para participar de uma festa, o Grupo de Familiares de Pessoas com Autismo e outras deficiências decidiu preparar um café especial no Lages Garden Shopping, para mostrar à sociedade que todos podem socializar, ir ao shopping, garantindo o direito de ir e vir, além de afirmar que são capazes e dignos de momentos de lazer e descontração.
Além de tudo isso, a presença de pais e crianças no shopping é uma forma de quebrar tabus. Ana é mãe de Helen de 15 anos e fala da importância das crianças estarem nos lugares públicos. “As pessoas precisam ver que o autismo não é só aquilo que aparece nos programas de televisão. Tem crianças que têm crises e é nessa hora que percebemos os olhares das pessoas”, ressalta a mãe. Helen foi diagnosticada com autismo aos nove anos.
“É um momento especial onde posso levar meu filho. Muitas vezes, talvez por receio, deixei de levá -lo. É um momento de mais pessoas conhecerem nossos filhos.
Nossa cidade ainda conhece pouco sobre o autismo. É preciso que mais mobilizações como essa aconteçam para que a sociedade tenha menos preconceito .Tenha menos medo dos nossos filhos e tenham mais compreensão”, Lucimara, mãe do Gabriel de 16 anos.
A mestre em Educação Vivian Fatima de Oliveira destaca que o importante é nunca deixá-los às margens da sociedade. “Nós temos que incluir. Para que eles convivam e tenham uma qualidade de vida. Tanto familiar quanto escolar, social, de uma maneira geral”.
O superintendente do Lages Garden Shopping, Herlinton Masson, comenta sobre a inclusão destas famílias no shopping. “É um espaço em que eles podem trocar experiências, interagir e, além disso, propiciar para que as pessoas possam entender o que é autismo”.