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Motoristas colocam caixas contentoras em vagas de cadeirantes

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Foto: Susana Küster

Na Rua Coronel Córdova, no Centro de Lages, as duas vagas reservadas para deficientes físicos estão ocupadas parcialmente pelas caixas contentoras, implantadas em novembro do ano passado. O objetivo das lixeiras é tirar a sujeira causada pelos sacos de lixo, até então depositada nas calçadas, e possibilitar o descarte a qualquer hora do dia, pois o lixo fica acondicionado dentro do recipiente.

O cadeirante Mateus Barbosa Bandeira, 24 anos, conta que foi até o Centro da cidade de carro e não encontrou uma vaga para deficiente físico. “Com frequência, as vagas são ocupadas por motoristas que não são deficientes físicos, e já são poucas as vagas para o nosso uso. Então, as lixeiras ficarem nelas, só complica ainda mais nossa vida. Esses dias, tinha duas caixas na vaga de deficiente, em frente ao Serra Shopping, aí tivemos de estacionar bem longe de onde eu precisava ir.”

O diretor municipal de resíduos sólidos, da Secretaria de Meio Ambiente, Milton Matias Filho, explica que todos os dias os lixeiros colocam as caixas nos locais certos, pois motoristas que querem utilizar as vagas de estacionamento onde estão as coletoras, mudam as caixas de lugar. Ele frisa que para resolver o problema a Diretran fará um recuo na calçada para as caixas não serem retiradas do lugar. Isso será feito, principalmente, para os coletores de lixo que ficam ao lado das vagas de deficientes físicos. “É bom destacar que implantamos 75 caixas e, praticamente, todas estão em locais que não atrapalham os motoristas. Porém, infelizmente, estão mexendo nelas.” Há caixas coletoras que estão em vaga de curta duração e de carga e descarga, mas a maioria está na faixa amarela, em locais que não atrapalham o trânsito ou a visibilidade dos motoristas.

O projeto é piloto e foi implantado pela Serrana Engenharia, prefeitura e Câmara de Dirigentes Lojistas, nas ruas do Centro e também nas avenidas Presidente Vargas e Luis de Camões. Ao todo, foram colocados 75 contentores, cada um com capacidade de mil litros.

A ideia inicial do projeto é contemplar somente o lixo orgânico, isopor, papel higiênico, bitucas de cigarro, entre outros. Depois de quatro meses, o objetivo é ampliar para mais pontos da cidade e também abranger a coleta de materiais recicláveis. 

A coleta também mudou, ficou mais segura, pois os garis não precisam mais pegar os sacos de lixo. A traseira dos caminhões é equipada com um sistema que eleva o contentor e joga o material dentro da caçamba. Porém, mesmo os garis não recolhendo o lixo, ainda serão necessários duas pessoas atrás do caminhão para encaixar o contentor. Então, não foram diminuídos os postos de trabalho.

 

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