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Morro da Cruz continua sem voos livres e não há previsão de retorno
Desde fevereiro do ano passado, os voos livres (asa delta e parapente) estão proibidos no Morro Grande e no Juca Prudente, pois estão localizados em área urbana. A determinação é da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e até hoje a situação não mudou.
De acordo com informações do presidente do Clube de Voo Livre, Katio Letti, é possível combinar os horários e dias de voo mais adequados para não afetar os voos da Azul. Porém isso não é posto em prática, porque a prefeitura não abre um canal de diálogo. “As pessoas assistiam os voos com prazer, era um diferencial turístico que não existe mais”.
Segundo ele, a Notan, que é o órgão que delimita o espaço aéreo, autorizou o pessoal do Clube a fazer um acordo com o aeroporto. “Mas isso não acontece porque a prefeitura não ajuda. A gente fazia os voos há mais de 20 anos e nunca tivemos problema”, lamenta.
Ele acredita que teria como efetuar os voos sem risco para as aeronaves da Azul. Enquanto isso, os campeões catarinenses de Lages, viajam para Urubici, Santo Amaro ou Tangará para treinar. “Queríamos fazer campeonatos, mas sem apoio fica difícil. Tantas cidades que possuem voos e existe liberação aérea para parapentes, só aqui que isso não acontece”.
>> Contraponto O secretário executivo de Proteção e Defesa Civil, Jean Felipe Silva de Souza afirma que ninguém o procurou desde que o Morro da Cruz foi interditado. “É fácil. É só chegar aqui e marcar um horário. Mas, eles precisam de uma autorização da Anac para a liberação desses voos”. Na visão dele, há risco de voos livres no local devido o helicóptero Águia 4 e as aeronaves da Azul passarem próximo ao morro.