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Moradores em situação de rua são acolhidos em abrigo

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Foto: Adecir Moraes

Lages, quinta-feira (4), 20 horas. O termômetros da cidade marcavam 8 graus. À medida que o tempo passava, a temperatura caia e o movimento nas ruas diminua. Em frente ao Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, no Centro, um homem deitado na calçada, enrolado em algumas cobertas, chamava a atenção. Eis que a psicóloga Suellen de Liz da Silva, que atua no programa de Abordagem Social do município, aproxima-se dele tentando convencê-lo a ir para um abrigo, mas o esforço foi em vão. 

A cena se repetiu em frente a um supermercado na Rua Frei Rogério, também no Centro, onde outro homem em situação de rua estava deitado na calçada. “Quando uma pessoa se recusa a ir para o abrigo, a gente aciona a Defesa Civil para trazer um cobertor para ela se proteger do frio”, disse Suelen. Minutos mais tarde, após receber uma chamada no telefone, ela entrou em um carro e saiu para fazer outro atendimento.

Devido ao frio intenso que atinge Lages desde o início desta semana, a equipe da Abordagem Social, da

do município, tem tido muito trabalho para socorrer os moradores de rua da cidade, principalmente durante a noite. Quando aceitam atendimento, as pessoas que não têm onde dormir são encaminhadas para um abrigo, localizado no antigo seminário, na Avenida Papa João XXIII, no Bairro Petrópolis. Lá, recebem toda a assistência necessária.

Segundo a assistente social da Abordagem Social, Danielle Hoffman, o serviço funciona desde 2014, mas ganha mais visibilidade durante o inverno. Nas noites geladas, uma equipe realiza rondas nos pontos em que os moradores em situação de vulnerabilidade costumam estar. O objetivo é convencer essas pessoas a buscarem amparo no abrigo. Algumas rejeitam a ajuda e continuam dormindo na rua, como é caso dos dois moradores abordados ontem à noite.

No abrigo, as pessoas recebem total assistência, como alimentação, cama e banho. A estrutura funciona desde o dia 6. Nos últimos dias, tem atendido cerca de 50 pessoas por noite.  E, durante o dia, segundo Danielle, eles são encaminhados ao Centro POP, uma estrutura que funciona na Rua São Joaquim, onde também recebem atendimento. Levantamento aponta uma população de cerca de 100 pessoas vivendo em situação de rua em Lages.

Abrigados

Há seis anos, Genilson Abel Ribeiro, o “Batman”, de 32 anos, escolheu as ruas de Lages para morar. Natural de Ponte Serrada, na região Oeste de SC, ele afirma que problemas com drogas e álcool o motivaram a se afastar da família. “É triste a gente viver na rua, mas essa a vida. Ainda bem que temos o abrigo para dormir nestes dias de frio forte. A estrutura aqui é muito boa”, disse Batman. 

“Graças a Deus tem este lugar para gente ficar a noite. Temos de levantar as mãos para céu e agradecer”, completou Gabriel Oliveira Souza, de 23 anos, que também está buscando ajuda no abrigo.

Como ajudar

A equipe de acolhimento trabalha 24 horas por dia, todos os dias da semana. A população pode ajudar informando sobre a presença de moradores de rua passando frio à noite, por intermédio dos telefones 98406-2980, 99921-1125. O serviço recebe chamadas a cobrar. A Defesa Civil do município também  atua nas abordagens.

Secretário de Assistência Social, de Lages, Samuel Ramos:

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