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Lei Rouanet e patrocínios sustentam financeiramente o evento
Chegando na sétima edição, o Festival Internacional Música na Serra, se consagra cada vez mais como um evento de destaque na área cultural. Mas, para sua realização é preciso que aconteça a captação de recursos financeiros por meio da Lei Rouanet. A gerente executiva do Instituto José Paschoal Baggio, que realiza o evento, Edite Moraes, explica que desde a primeira edição, os recursos vêm de patrocínios e também da Lei Rouanet.
Ela lembra que pessoas físicas têm desconto de até 6% no imposto de renda e pessoas jurídicas, de até 4% se contribuírem na declaração de Imposto de Renda, com eventos sociais aprovados pelo governo federal, como o festival. “É muito importante destacar que as pessoas podem ajudar eventos promovidos na sua cidade, movimentando a economia”.
De acordo com estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas, em 2018, cada R$ 1 de renúncia de imposto concedida pela Lei de Incentivo à Cultura gera R$ 1,59 de retorno para a economia brasileira. Edite conta que muitos professores e bolsistas que participam do festival compram roupas e outros itens em Lages. Fora, a movimentação econômica que gera nos hotéis e restaurantes, entre outros locais.
Estrutura
Se todos os pedidos fossem atendidos, Edite conta que o festival teria esse ano 500 estudantes. Mas, já que os alunos são bolsistas e devido aos recursos disponíveis, foi preciso fazer uma seleção e o responsável por isso foi o diretor artístico Jean Reis. Foram selecionados 127 estudantes, sendo que 117 conseguiram bolsa integral e 10 terão bolsa parcial. “Há pessoas de várias regiões do país e até do exterior”.
Serão 23 professores dos Estados Unidos, Brasil e Espanha. “Este ano, estamos sendo pioneiros nos festivais. Em todos, houve uma redução de dias ou de pessoal. Nós conseguimos manter a mesma quantidade de equipe e de dias”.
Programação das apresentações no Teatro Marajoara, às 20 horas
21/07 – Domingo
Orquestra Versatilis e Solistas
22/07 – Segunda-feira
Quarteto Coração de Potro & Quinteto Versatilis
Grupo lageano de música nativista, que tem uma sonoridade que reflete influências folclóricas de toda a América Latina se junta ao Quinteto Versatilis, um quinteto de cordas formado por professores do festival e que trará ao palco do Teatro Marajoara a fusão da sonoridade folclórica latina com o acompanhamento dos instrumentos de cordas da orquestra, com arranjos do maestro Jean Reis.
23/07 – Terça-feira
Quinteto Sujeito a Guincho
Quinteto de Clarinetes criado em 1991, o conjunto composto por grandes clarinetistas do país, inclusive o professor de clarinete do FIMS Luís Afonso Montanha. o grupo transita entre o erudito e o popular. No repertório há espaço para Hermeto Pascoal, Gordurinha, Brahms e Vivaldi
24/07 – Quarta-feira
Concerto dos Professores
Um dos concertos mais esperados do festival é o concerto de professores. Onde várias formações instrumentais sobem ao palco e trazem uma grande diversidade de repertório para os ouvintes.
25/07 – Quinta-feira
A partir da quinta-feira se iniciam as apresentações dos grandes grupos formados pelo festival e seguem até o encerramento. No dia 25 é a Orquestra Acadêmica, uma orquestra formada com alunos iniciantes em grande maioria de Lages, proporcionando assim, uma oportunidade desses jovens músicos participarem do festival.
O Coro Infanto-Juvenil também é formado com crianças e adolescentes da nossa cidade e que a cada ano vem surpreendendo o público com a qualidade de suas apresentações. E essa grande noite encerra com o Ballet Adulto dirigido e coreografado por Lia Comandulli.
26/07 – Sexta-feira
Apresentação do Ballet Infanto-Juvenil, outro grupo formado com crianças e adolescentes lageanos. Também terá a classe de Canto Lírico, que faz seu tradicional concerto trazendo toda a beleza e expressividade. E, haverá o Coro Música na Serra composto por coralistas de Lages, que recebe pessoas com e sem conhecimentos musicais que tenham interesse de fazer música em conjunto e participar ativamente do festival.
27/07 – Sábado
O concerto de encerramento é o ápice do festival, com a Orquestra Sinfônica Música na Serra, formada pelos alunos bolsistas. Apresentará neste ano um programa de alto nível artístico. O Concerto para Violino e Orquestra de Tchaikovsky, uma obra desafiadora para o solista, que neste concerto será o professor Cármelo de los Santos. Outra grande obra que completa o repertório da noite é a Sinfonia nº 9 do compositor tcheco Antonín Dvořák, popularmente conhecida como sinfonia “Do Novo Mundo”, composta após sua mudança para Nova Iorque, onde Dvořák conhece novos gêneros musicais folclóricos e utiliza esses elementos na sua obra. A regência do concerto de encerramento é do maestro e diretor artístico do festival, Jean Reis.
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