Esportes
Lageano é vice-campeão Brasileiro de Parapente
O lageano Rafael Antunes Scos, de 41 anos, foi vice-campeão brasileiro de parapente. A competição ocorreu de 20 a 29 de julho, na cidade de Formosa, no estado de Goiás. As disputas reuniram 130 pilotos, entre brasileiros e estrangeiros.
Participaram pilotos de quatro categorias: open – a categoria principal, serial (para equipamentos homologados), sport (intermediário) e feminino. Rafael competiu na categoria Sport. Ele foi superado pelo alemão Roland Zgraggen, que ficou com o título de campeão.
“Era uma sonho representar Lages em um campeonato brasileiro”, avalia o atleta que pratica o esporte há 10 anos e sonha chegar ao mundial. Ele explica que os pilotos tiveram que encarar situações atmosféricas adversas durante a competição. Das sete provas previstas, duas não aconteceram por causa do vento forte.
O parapente é uma modalidade ao ar livre em que os pilotos desafiam as correntes de ar durante as provas. Conforme Rafael, cada prova durou, em média, de três a quatro horas, com cerca de 70 quilômetros de voo cada uma.
As disputas aconteceram em uma região que compreende o polígono Formosa, Brasília, Água Fria de Goiás, Sobradinho, Planaltina (DF) e Planaltina de Goiás. Em uma das provas, os pilotos desceram no gramado da Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
O Campeonato Brasileiro de Parapente integra o calendário nacional e é reconhecido pela Federação Aeronáutica Internacional (FAI). A competição vale pontos para o ranking nacional e mundial, usado como base para definir a escolha dos participantes das etapas do campeonato mundial. A próxima etapa do brasileiro ocorre em dezembro, em Igrejinha (RS).
Ele pede a liberação do Morro da Cruz
Rafael lembra que, durante as provas em Formosa, os pilotos desceram perto de um aeroporto. Com base nisso, ele questiona a interdição do Morro da Cruz, em Lages, para os voos de parapente. A interdição ocorreu no início do ano passado, devido ao fato do local ficar na rota dos voos do aeroporto de Lages.
A proibição foi feita pela Defesa Civil do município, atendendo a uma determinação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), por questão de segurança. Conforme o coordenador do órgão, Jean Felipe da Silva de Souza, os voos de parapente no morro colocam em risco a segurança do tráfego aéreo da cidade.
Rafael recorda que o morro era usado pelos pilotos há 25 anos. Com a interdição, os parapentistas ficaram sem ter onde treinar. “A gente fica chateado com isso, Quando precisamos treinar, temos que ir longe”, reclama
Para ele, o município deveria criar regras, delimitando um espaço para os pilotos voarem no morro. “Temos um documento da Anac dizendo que a gente pode negociar a liberação com o município. Tentamos fazer o acordo, mas não conseguimos”.
Em resposta, Jean disse que desconhece este documento da Anac. Segundo ele, uma possível liberação do morro precisa ser tratada com a empresa que administra o aeroporto, e não com a Defesa Civil. Em Lages, cerca de 30 pessoas praticam voo livre.