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Lageana é uma das afetadas pelo furacão Florence
A lageana Marina Andrade Varela, 29 anos é umas atingidas pelas consequências do furacão Florence, que está na categoria 2, de uma escala de 1 a 5, e, pode afetar os estados da costa leste dos Estados Unidos, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Geórgia, Virgínia, Maryland e o Distrito de Colúmbia, onde fica a capital, Washington. Marina mora há um ano na cidade de Chapel Hill, que fica na Carolina do Norte, um dos locais que pode sofrer chuvas torrenciais, ventos fortes e alagamentos. A previsão era de que esses fenômenos começassem ontem a noite. Porém até o fechamento desta edição, não haviam registros.
Mesmo que a previsão de intensidade do furacão tenha diminuído de 4 para 2, ele é extremamente perigoso e representa uma ameaça à costa dos Estados Unidos, de acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos.
Marina conta que onde mora, são esperados 90 centímetros de chuva em 48 horas, além de ventos de até 100 km/h. O volume pluviométrico é tão grande que não é medido em milímetros, como acontece no Brasil. Há risco de falta de energia elétrica nos locais afetados e a lageana, quando estava saindo de Chapel Hill, viu os supermercados com pouca comida e sem água.
“Algumas pessoas ficaram na cidade por não terem condições financeiras de ir para outro local ou por terem abrigo em um lugar que não vai alagar no estado. Então eles fizeram estoque. Como é uma época que chove muito, o solo já está bem úmido e isso faz com que caia muita árvore, pois o vento será forte”.
Mudança de rotina
Marina foi para o Estado de Washington, na costa oeste dos EUA, do outro lado de onde o furacão está previsto. Está na casa dos pais de uma amiga e diz que está aproveitando a oportunidade para passear em Washington. Ela espera voltar, no domingo, para a Universidade da Carolina do Norte, onde estuda MBA Corporate Finance e Capital Markets. “Talvez a cidade esteja sem energia elétrica, mas não haverá mais risco de alagamentos ou ventos fortes”.
A estudante conta que o governo americano orientou que os moradores saíssem da cidade e a universidade onde ela estuda, indicou aos estudantes sobre o que é preciso comprar caso não fossem para outro lugar.
Somente na sua sala, cerca de 50 alunos foram para a casa de familiares ou amigos em Washington. “Eles são muito bem preparados, quase todo ano acontece esses fenômenos. Remanejam as estradas, arrumando várias pistas para o mesmo fluxo de saída”. Ela lembra que as empresas de seguro arcam com muito prejuízo, pois a maioria das pessoas estão com as casas seguradas.