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Juliano precisa de ajuda para produzir e doar berços

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Foto: Patricia Vieira

Quando se auxilia alguém que precisa, ajuda não somente essa pessoa, mas também a si mesmo. Com essa certeza é que Juliano Márcio Cardoso Campanha, de 37 anos, morador do Bairro Petrópolis, em Lages, na Serra Catarinense, há pelo menos, cinco anos, faz um trabalho solidário. Ele doa berços e além de fazer o bem, põe em prática uma de suas maiores paixões, a marcenaria.

Mesmo sem equipamentos adequados para cortar as madeiras, ele fabrica berços para doar às famílias em vulnerabilidade social. Recentemente, sofreu um acidente enquanto manuseava uma serra. Agora recuperado, e para dar continuidade em seu trabalho solidário, ele precisa de uma serra meio esquadria. Com o equipamento será mais rápido e preciso fazer cortes transversais em tábuas e ripas de madeira.

O amor pelo trabalho solidário começou ainda quando morava em Balneário Camboriú, contudo, foi colocado em prática quando foi morar em Ponte Serrada, após de casar com Juliana Márcia. O casal conta que se conheceu há seis anos, por meio de um aplicativo de bate-papo. Desta forma, Juliano tornou-se padrasto de Ana Eduarda, da 17 anos; Luiz Gustavo, de 15 anos e Amanda, de 10 anos. Atualmente ele trabalha como assistente de serviços gerais e, nas horas vagas ou à noite, ele trabalha com a fabricação de berços.

Em Ponte Serrada, Juliano fabricava casinhas para cães, usando apenas uma serra tico-tico. Todas as peças eram doados para famílias necessitadas, através de uma ONG. Morando em Lages há pouco mais de cinco anos, ele fez várias amizades. “Passei para um amigo, a informação de que tinha a intenção de continuar a fabricação das casinhas de cachorro. Noto que aqui no bairro [Petrópolis] tem bastante cachorro de rua. Estão a ideia era fazer para ajudar uma ONG. Doando as casinhas para as famílias que adotassem um animal e não tivesse condições de comprar um abrigo”, conta.

Fabricação de berços

Um amigo sugeriu que, ao invés das casinhas, poderia fazer berços para doar. Inclusive ele conhecia uma família que estava precisando. “Coloquei meu plano em prática e consegui todo o material necessário”, explica. O problema é que há aproximadamente dois meses, enquanto manuseava a serra acabou se ferindo. “Cortei a ponta do dedo polegar da mão esquerda.”

É aí que sua filha, Ana Eduarda, entrou em cena. Ao ver toda a dificuldade enfrentada por Juliano, e saber da força de vontade e satisfação em ajudar o próximo, Ana escreveu para o Correio Lageano com o objetivo de ajudar o pai. “Mesmo antes dele se machucar, eu ficava olhando trabalhar e notava todas as dificuldades enfrentadas por não ter uma máquina adequada. Como não tenho condições de comprar, gostaria muito que o Juliano ganhasse uma serra meio esquadria” disse.

Segundo Juliano, com a serra, além de agilizar seu trabalho, o corte das madeiras é mais preciso. “É uma ferramenta que torna fácil os cortes, como cortar o ângulo adequado ao enquadrar cantos. Assim, conseguirei fazer os móveis com mais qualidade.”. Além disso, todas as matéria primas para a construção dos berços são doadas. Juliana diz que ele é um tudo. Além da marcenária, ele também exerce outras funções, entre elas eletricista.

Curso profissionalizante

Depois da família, as duas maiores paixões de Juliano são a marcenaria e a função de eletricista. Com o que ganha ele não consegue pagar um curso e se inscreveu no IFSC, Campus Lages, para fazer um curso técnico em Eletromecânica. Só que, no dia do sorteio das vagas, não pôde comparecer à instituição e acabou perdendo a vaga.

Doação

Quem quiser colaborar com o projeto de Juliano pode entrar em contato com a Juliana pelo número 999713372

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