Economia e Negócios

IVº Encontro do Programa de Microfinanças da Região Sul do Brasil

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Foto: Andressa Ramos

É no micro e pequeno negócio que muitas pessoas encontram uma alternativa para sair do desemprego e se tornar empresário, dono do próprio negócio. Os pequenos negócios representam 98,5% dos empreendimentos no país e são responsáveis pela geração de renda de 70% dos brasileiros ocupados no setor privados.

Os pequenos negócios empresariais são formados pelas micro e pequenas empresas (MPE) e pelos microempreendedores individuais (MEI). No Brasil, existem 6,4 milhões de estabelecimentos. Desse total, 99% são micro e pequenas empresas (MPE).

As MPEs respondem por 52% dos empregos com carteira assinada no setor privado (16,1 milhões). De acordo com o Portal do Empreendedor, no Brasil existem 3,7 milhões de MEIs (dezembro/2013). As micro e pequenas empresas podem ser classificadas de acordo com o número de empregados e pelo faturamento bruto anual.

O 4º Encontro do Programa de Microfinanças da Região Sul do Brasil debateu temas como como as taxas de sobrevivência e sucesso das microempresas informais e formais, cenário de crédito e cobrança e a gestão de pessoas como diferencial competitivo.

O evento aconteceu em Lages, nos dias 26 e 27 de novembro, no Sesc Pousada Rural. A iniciativa da Associação das Instituições de Microcrédito e Microfinanças da Região Sul do Brasil (Amcred – Sul) reuniu mais de 100 participantes, entre associados e convidados de instituições parceiras como Sebrae e Badesc.

Há mais de 12 anos, a Amcred-Sul trabalha para o desenvolvimento das práticas de microcrédito no Sul do Brasil. Em quase duas décadas de existência, o programa de microfinanças realizou, aproximadamente, 775 mil operações de repasse de crédito e emprestou mais de R$ 2,4 milhões para micro e pequenos empreendedores.

Para a presidente da Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (ABCRED), Claudia Cisneiros, o incentivo aos microempreendedores é de fundamental importância.

“Porque, apesar de serem microempreendedores, de micro só têm o nome, são empreendedores de verdade, grandes, porque sobreviveram a uma economia que nós temos presenciado no Brasil e não é fácil. Não é para micro não, é para grandes empreendedores, acho de fundamental importância ter esse incentivo e esse reconhecimento para que as pessoas tenham interesse.”

Sobre o encontro, Claudia enfatiza que “que temos que parar o nosso dia a dia, as nossas tarefas, e se concentrar em como está acontecendo, por que está acontecendo e como melhorar. As coisas estão andando muito rapidamente e a gente tem que acompanhar essa corrida para apoiar aqueles que nos procuram. Formas de atender e de melhorar e de viabilizar novas demandas e criar nova oportunidades”.

O recém-eleito presidente da Associação das Instituições de Microcrédito e Microfinanças da Região Sul do Brasil (Amcred), Márcio César Rossini, comenta que o incentivo financeiro aos empreendedores é um passo essencial para o desenvolvimento dos pequenos negócios.

É uma forma barata que auxilia no desenvolvimento das pessoas, não só na parte financeira, mas como na educação financeira. “Este é o nosso propósito, dar o dinheiro e ensinar a administrar o dinheiro. A gente tem uma expectativa de que melhore muito com a mudança do governo para 2019. Estamos fazendo a nossa parte, mas precisamos que os poderes públicos façam a sua parte também.”

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