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Instabilidade do combustível prejudicou também empresários
A instabilidade do preço da gasolina em 2018 não atingiu apenas os consumidores. Para os empresários do setor, a queda brusca do movimento nos postos de combustível fez com que os lucros deste ano não atingissem as médias esperadas. A última alteração divulgada pela Petrobras foi na semana passada, quando a empresa elevou o preço em 2,04%.
No Posto Delta, na Avenida Dom Pedro II, por exemplo, o movimento caiu neste ano e preocupou o gerente Rone Bonetti. Até mesmo no final do ano, quando as pessoas costumam encher os tanques para a viajar, o movimento tem sido abaixo do esperado. A expectativa é que no próximo ano, a situação melhore. “A oscilação é ruim para os postos também”, confirma.
O motorista Joaquim Amarante não teve como alterar a rotina e, mesmo com os aumentos de 2018, precisou continuar abastecendo a mesma quantidade. Agora que o preço se estabilizou, espera que os gastos com combustível diminuam.
No Posto Rota Sul, também na Avenida Dom Pedro II, o gerente Thiago Vieira de Sousa explica que notaram queda do movimento neste final de ano, em relação ao ano passado. O ponto mais negativo no ano de 2019, foi a greve dos caminhoneiros e a falta da distribuição de gasolina, com isso, perderam vendas que resultaram em um balanço negativo. Espera que com o preço diminuindo, o movimento volte a crescer.
O advogado do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina (Sindipetro), Ciro Franco, explica que em dezembro não houve variações significativas de preço. Ele ainda ressalta que as oscilações prejudicaram os empresários, que precisaram gerar queda nos preços, para que pudessem vender o combustível. “A capacidade de compra das pessoas também diminuiu. As pessoas não vão deixar de comprar comida e, por isso, deixam de comprar a gasolina e, se preciso, andam a pé”, ressalta.
Preço inalterado pela quinta vez
Pela quinta vez consecutiva, a Petrobras manteve inalterado o preço da gasolina. Com isso, o litro do produto se manterá em R$ 1,6202 entre ontem e hoje, nas refinarias. Na sexta-feira da semana passada, a empresa elevou o preço do combustível em 2,04% e do diesel, um aumento médio de 0,72%, válido desde domingo (16) até o dia 31. Com isso, o preço passou de R$ 1,7984 para R$ 1,8115, nas refinarias.
Política de preços
A Petrobras adota novo formato na política de ajuste de preços desde 3 de julho do ano passado. Pelo método, os reajustes acontecem com maior periodicidade, inclusive, diariamente. Em fevereiro deste ano, a empresa passou a divulgar preços do litro da gasolina e do diesel vendidos pela companhia nas refinarias – e não mais os percentuais de reajuste. Desde o início do formato, o preço da gasolina comercializada nas refinarias acumula alta de 23,51% e o do diesel, valorização de 33,60%.
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