Segurança

IGP/SC não consegue identificar ossada encontrada em fornalha

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A suspeita de que a ossada encontrada, em abril do ano passado, na fornalha da caldeira do Clube Caça e Tiro, em Lages, seria da desaparecida Aline Santos Rosa não foi confirmada pelo Instituto Geral de Perícia de Florianópolis (IGP/SC). 

Segundo a assessoria de comunicação do IGP/SC, não existe mais possibilidades de reconhecimento, pois o material ósseo encontrado era praticamente um farelo. A alta temperatura da caldeira e o tempo que o corpo ficou exposto fez com que o fogo destruísse praticamente tudo, ou seja, não foi possível extrair material genético. 

Na época, o então gerente da 6ª Meso Regional do Instituto Geral de Perícias (IGP) de Lages, André R. Gargioni, alertou sobre essa possibilidade e até afirmou que o caso seria complicado. “Será muita sorte se o material recolhido tiver condições de definir o DNA e confrontar o código genético com o da família, pois a elevada temperatura diária da caldeira pode ter desnaturado a ossada provocando perda de toda e qualquer proteína humana”, explica. 

O material (ossada) foi recolhido para análise de DNA, que é feito em Florianópolis, pois exigia um profissional forense (antropólogo forense) e um laboratório mais sofisticado, dotado de microscopia eletrônica.

De acordo com a Polícia Civil, apesar de os exames do IGP não serem conclusivos o inquérito continua até que seja encaminhado para o Fórum Nereu Ramos, em Lages 

Relembre

Aline Santos Rosa, de 34 anos, desapareceu no dia 17 de abril do ano passado, em Lages. Após investigação, uma semana depois, a  Polícia Civil pediu que fosse feita a limpeza da caldeira do clube. Isso porque o marido da desaparecida trabalhava no clube e havia imagens dele carregando um saco no local, em horário diferente de seu expediente, e horas depois do desaparecimento. O marido Alceu de Nazaré Machado da Rosa (39) não era investigado, apenas foi ouvido como testemunha por ser parente próximo.

A fornalha tem capacidade de queima razoável e, por isso, não demoraria muito para decompor um corpo, o que dificultou a identificação no IGP de Lages. Mesmo sem formalização de investigado, existia uma desconfiança de que Alceu estaria envolvido no desaparecimento da mulher. O processo de responsabilização judicial, dessa forma, teria sido  prejudicado, já que Alceu morreu em acidente de trânsito, no mesmo dia, na BR-116.

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