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Histórias: Cervejarias Artesanais Lageanas

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Imagens: Agnes Samantha e divulgação

A cada dia mais pessoas estão descobrindo os diferentes tipos de cerveja e elas, por sua vez, conquistando o mercado, com lugares específicos em muitos bares e estabelecimentos comerciais. A cerveja artesanal faz parte dos pedidos de quem gosta de apreciar novos e exclusivos sabores da bebida. Classificadas em tipos como Lager, Ale, Pilsen, entre outros, o que as difere é a fermentação, sua coloração (mais clara ou escura) e o teor alcoólico. Seu sabor fica a cargo do estilo, que é o padrão de combinação dos elementos.

Para quem é apreciador da bebida, muitas vezes, a paixão pelas cervejas especiais vai além e não basta uma degustação. Em uma conversa no grupo de amigos, em um evento familiar ou até mesmo como forma de negócios. Muitos lageanos estão aderindo a produção das cervejas artesanais. Tornando-se cervejeiros, por hobby ou profissão.

 

MAISBAH

A união dos quatro primos e a paixão por cervejas artesanais resultou no produto que hoje é sinônimo de festa e orgulho para a família. MaisBah é o nome que Diego Alexandre Julio, Juliano Rodrigues dos Santos, Victor Manuel Pereira e Ruan Carlo Alexandre deram à cerveja produzida por eles. A produção é independente e tem como finalidade apenas o consumo próprio, mas caiu no gosto de todos que já provaram.

Três dos integrantes dessa parceria tiveram contato com o processo de produção na cervejaria em que trabalharam, em Lages, com isso e mais alguns cursos e vídeos do youtube, arriscaram-se a comprar um kit e iniciar a produção. A ideia se iniciou em uma roda de conversas, em que eles estavam se divertindo e, claro, degustando uma cerveja. “Pensamos em produzir uma cerveja nossa, do nosso gosto. Então, nos reunimos para dividir os custos,” conta Diego.

Há cerca de um ano e meio, a primeira cerveja MaisBah estava sendo produzida e degustada com grande satisfação. Cada um deles é responsável um uma parte do processo, já que a produção é diferente da industrial. O kit é desmontável e pode ser levado para qualquer lugar, mas o resultado final não é tão simples assim, o produto leva cerca de um mês para ficar pronto para o consumo e gera 30 litros.

A ideia deu certo, a cada nova remessa os cervejeiros brincam com os estilos e assim elaboram novos sabores. Comercializar ainda é uma ideia futura, já que para isso são necessários vários trâmites legais. Mas, enquanto isso, eles e a família aproveitam. As cervejas artesanais tornam-se mais caras por utilizarem produtos diferenciados, e também por venderem uma história.

Neste caso, a MaisBah, nome dado por eles por ser uma expressão regional muito utilizada na família, leva em cada rótulo uma curta história do produto. “Mesmo que não seja comercializada, nos preocupamos em ter um produto bom, com layout agradável, além de divulgar nossa marca para os amigos,” comenta Ruan. Por isso, além dos rótulos personalizados, eles têm camisas, como uniforme do grupo e pretendem fazer copos. A mais nova produção deles terá a cara da Serra, com gosto de erva mate. “A produção gera muito estudo, limpeza e parceria, mas, no final, vale a pena” concorda o grupo.

 

Eiswasser

Durante 3 anos, Eiswasser foi consumida apenas em reuniões de família. Hoje, a cerveja artesanal ocupa as bancadas de alguns barzinhos de Lages e região. A empresa, dirigida por Ana Luiza Stolf, de 25 anos, teve início há 4 anos, quando seu irmão Luiz Caian Stolf, 28 anos, começou a produção em casa. Admirador da bebida, Luiz começou a fazer testes com um kit caseiro, buscando pelo melhor sabor.

A paixão foi compartilhada com a família e os amigos. O nome, que significa “água gelada” em alemão, foi pensado logo de início. “Buscamos exaltar a água, produto tão importante para a produção da cerveja e que é encontrada facilmente mais gelada aqui na Serra Catarinense, por causa das baixas temperaturas.”

O plano de negócios surgiu em 2016, após Ana Luiza se formar em engenharia de produção. Em fevereiro de 2017, a empresa foi criada com a ajuda do irmão Luiz, da mãe Magali Stolf e do namorado Eduardo Vinotti.

A produção ainda é terceirizada, mas a construção da fábrica está ocorrendo em Lages. A ideia da família, formada por dois engenheiros e dois veterinários, é manter a cerveja da Serra, na Serra. Além do sabor, o produto conta com uma embalagem e produtos personalizados.

No Instagram: @eiswasser 

Princesa da Serra

Dois companheiros de trabalho deram uma reviravolta na profissão. Depois de sair da empresa onde trabalhava, James Tadeu Branco procurou o amigo Eli Fernando Carneiro com uma proposta, montar um negócio. Eli, que já tinha um restaurante familiar, aderiu à ideia e, entre as opções, a que mais agradava, era uma cervejaria. “Como eu já estava no mercado alimentício, via o crescimento e a adesão da cerveja artesanal,” conta.

Os dois fizeram uma pesquisa, iniciaram os estudos e compraram os equipamentos de outra cervejaria em expansão, o barracão próprio tornou-se a fábrica. O start foi em 2016, e o consumo era feito por familiares e amigos, até a legalização em 2017, quando iniciou a comercialização.

As primeiras produções foram de 400 litros, hoje, chega a 5 mil litros por mês. São 80% dos clientes que já aderiram às cervejas especiais, que são comercializadas em pontos como restaurantes, bares, e em municípios como Urupema e Correia Pinto.

A ampliação dos pontos de venda acontecerá junto ao crescimento da produção. “Nossa ideia é atender a Serra. Somos uma cerveja serrana, produzida aqui,” enfatiza, James. Que também comenta sobre a importância da produção e consumo na região, gerando impostos que permanecem na cidade.

No Instagram: @cervejaprincesadaserra

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