Coronavírus

Governo sinaliza que não deve abrir, imediatamente, ala do Hospital Tereza Ramos

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Nova ala do Hospital Tereza Ramos deve ser inaugurada no segundo semestre / Ricardo Wolffenbuttel / Secom / Divulgação

O secretário de Estado de Saúde, Helton Zeferino, sinalizou na manhã desta sexta-feira (20), durante coletiva, que o Governo do Estado não está disposto a abrir, imediatamente, a nova ala do Hospital Tereza Ramos. O pedido de abertura da unidade é uma reivindicação de prefeitos da região que veem na nova ala um aliado importante no combate à crise do coronavírus.

“Já conversamos com o Ministério Público e estamos trabalhando no sentido de organizar esse processo (abertura da nova ala), mas a população tem de entender que temos de ter um movimento ordenado de ativação (da unidade hospitalar). Para o segundo semestre, a previsão é de ativação parcial da unidade”, declarou Helton.

No último dia 17, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em um procedimento administrativo, pediu que o estado apresente informações atualizadas relativas às medidas que estão sendo tomadas para que leitos de novas alas de três hospitais do Estado, sendo um deles o Tereza Ramos, sejam postos em pleno funcionamento. O documento foi assinado pelo promotor de Justiça Luciano Trierweiller Naschenweng.

Na decisão, o MPSC deu um prazo de cinco dias para o governo se manifestar. Esse pedido foi feito no dia 17, portanto, o prazo dado vence neste dia 22. Além da nova ala do Tereza Ramos, que possui mais de 100 leitos, sendo 28 de UTI, o documento também cita as novas alas dos Hospitais Marieta Konder Bornhausen, de Itajaí e Regional do Oeste, de Chapecó.

 

SC tem 28 casos de coronavírus confirmados

Durante a coletiva, que além do secretário Helton Zeferino também reuniu o governador Carlos Moisés, o governo atualizou os dados sobre o coronavírus. Foi informado que Santa Catarina tem 28 casos confirmados de coronavírus – na quinta-feira, eram 21. O número de casos suspeitos também aumentou para 273.

Foram confirmados casos em Criciúma (1), Pomerode (1), Imbituba (1), Itajaí (1), Balneário Camboriú (4), Florianópolis (8), Braço do Norte (4), Rancho Queimado (2), São José (1), Jaraguá do Sul (1), Joinville (2) e Tubarão (2).

 

Transmissão comunitária

De acordo com o secretário Helton, já há transmissão comunitária (quando não é possível saber a origem da infecção) na região Sul do Estado. Em Lages, de acordo com as autoridades municipais, existem nove casos suspeitos, mas nenhum comprovado.

Para aumentar a capacidade de exames, o governo anunciou que vai contratar um laboratório particular para ajudar o Lacen (laboratório central) a fazer os testes. Com isso, deve aumentar o número de testes para comprovar a doença. O laboratório também vai atuar em testes de amostragem em cidades do Estado.

O número de casos no Estado, alertou o governador, está em curva ascendente, ou seja, está crescendo. Por este motivo, ele reforçou a importância das medidas de restrição e orientou as pessoas a ficarem em casa, como forma de evitar a propagação da doença, que possui um enorme potencial de transmissão.

Moisés também comentou sobre as medidas restritivas adotadas no Estado, como a suspensão do transporte coletivo. Ele disse que essas medidas devem ser ampliada por mais sete dias.

Presente na coletiva, a médica infectologista Regina Valim disse que ainda não há medicamento para o tratamento de coronavírus. A vacina contra a doença, segundo ela, deve demorar, pelo menos, um ano para chegar ao mercado. Quanto aos medicamentos Cloroquina e Hidroxicloroquina, que poderiam ser usados no tratamento da doença, não há estudos concretos que comprovem sua eficiência.

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