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Facebook derruba página da Creide e não explica motivo

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Em sua página no Facebook, Creide tinha mais de 1,3 milhão de seguidores - Foto: Divulgação

Atualização – 19h18 (11/01)

A página da Creide foi reativada por volta de 20 horas de quinta-feira (11). Em sua fan page, a maquiadora e humorista fez uma live para comemorar o retorno. Confira

Enquanto fazia uma live de uma empresa parceira da cidade de Ponta Grossa, no Paraná, a maquiadora e humorista Dayani Lima, a Creide, teve sua conta no Facebook inesperadamente derrubada pela plataforma. Na ocasião, ela recebeu um aviso de que a conta seria temporariamente bloqueada, contudo, no dia seguinte sua página foi desativada sem justificativas.

O fato aconteceu por volta das 20 horas do dia 20 de dezembro e, até esta quinta-feira (10), a influenciadora digital não recebeu nenhum posicionamento da empresa sobre os motivos que levaram à interrupção do serviço. Dayani, que ficou conhecida com o bordão “eu tô rindo, mas eu tô chorando”, dito por sua personagem Creide, fazia lives semanais e posts diários para cerca de 1,3 milhão de seguidores do Facebook.

“Simplesmente tiraram a página do ar, levando em consideração eu não sei o quê, e isso me deixou triste e frustrada. Fiquei decepcionada com a plataforma, eles não podem apagar assim a minha história dentro do Facebook. Eu tenho quase dois anos de uma história muito bacana, com vários virais dentro da plataforma, com conteúdos importantes para várias mulheres. Foi lá que me tornei referência para muitas ‘creidocas’ [como chama suas seguidoras]. Eles não podem apagar tudo dessa forma, sem, no mínimo, me dar uma satisfação”, conta.

Por ser uma empreendedora digital, todo o business e network de Dayani são desenvolvidos utilizando plataformas de mídia digitais e o Face era sua principal ferramenta de trabalho. A inesperada derrubada de sua página trouxe prejuízos profissionais, como a perda de contatos.

“Os impactos foram tremendos porque o meu maior público estava no Facebook. Um vídeo que eu postasse chegava a 120 mil, 130 mil visualizações, o que gerava bons resultados para mim e para meus parceiros. Sem a página no ar, não tenho como vender este grande alcance para meus parceiros, por isso, vários contatos estão em stand by aguardando para ver se a página retorna ou não”, explica.

Quando a página foi derrubada, Dayani apresentou uma apelação diretamente ao Facebook, mas não obteve resposta. Nos dias seguintes, enviou e-mails para a empresa e para contatos internos que ela tem, mas, novamente, não teve retorno. Ela conta que, na mesma época, outras 10 páginas foram desativadas no Paraná, porém, estas páginas tinham conteúdos ligados à política.

“Tenho muitas provas sobre o que aconteceu, que mostram que não teve nada da minha parte que fosse tão errado a ponto de tirarem minha página do ar dessa forma, sem me dizer porquê, sem me dar satisfação alguma”.

Empresa será notificada e pode pagar multas

Sem conseguir retorno da plataforma, a influenciadora digital contatou um escritório de advocacia paranaense especializado na proteção de direito dos empreendedores digitais e entrou com uma ação contra o Facebook.

Para a advogada Ana Cecilia Parodi, o Facebook desrespeitou diversas normas legais e de mercado. Cita, por exemplo, o fato de não possuir um Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). “Quem utiliza o Facebook não tem como entrar em contato com a empresa. Se clicar no ‘Fale Conosco’ cai em um fórum de perguntas frequentes, mas não sai disso. Como o Facebook não mantém um canal de comunicação com seus clientes, não teve outro meio senão buscar a proteção do Poder Judiciário”, explica.

A assessoria jurídica entrou com uma petição na qual solicita, dentre outras coisas, a restauração imediata da conta e a proteção do patrimônio digital da influenciadora digital. Segundo Parodi, já está determinado que o Facebook é obrigado a restaurar a página. Após receber a notificação judicial, a empresa terá dois dias úteis para reativar a página, caso contrário, poderá pagar multa no valor de R$ 500 diários, com limite de R$ 200 mil.

A reportagem do Correio Lageano contatou a assessoria de imprensa do Facebook do Brasil, por um e-mail disponível no site br.newsroom.fb.com. A assessoria de imprensa do Facebook respondeu ao e-mail informando que, nesta sexta-feira, poderia enviar uma resposta.

Segundo eles, “a página foi incorretamente removida e já está disponível. Pedimos desculpas pelo ocorrido”. Por isso, retornou ao ar na noite de quinta-feira (10) 

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