Economia e Negócios
Expolages: Campeão Júnior da raça Devon é vendido por mais de R$ 19 mil
A Expolages, considerada uma das maiores e mais completas feiras de negócios do Estado de Santa Catarina, reúne em um mesmo local os setores da pecuária, indústria, comércio e serviços apresentando aos visitantes o potencial da economia da Serra Catarinense e oferecendo múltiplas oportunidade de negócios.
O pecuarista Antônio Marcos Passarin, responsável pela Cabanha Gralha Azul de Fraiburgo, comercializa reprodutores, sêmen e embriões das raças Devon e Polled Hereford. Inclusive, durante a Expolages, um reprodutor Devon, além de ser o Campeão Júnior, foi vendido por R$19.200,00. Valor considerado o mais alto da raça durante o leilão. “Trabalhamos com o melhoramento da genética tanto para reproduções como para o plantel comercial” disse o produtor. Já outro reprodutor da raça Hereford, segundo o produto, ficou com o valor abaixo do esperado, foi vendido por apenas R$ 9.600.
Uma das característica da raça é o ganho de peso e qualidade da carne. Em relação ao Polled Hereford, o produtor explica que além de ser um animal dócil, é precoce destacando-se por bom rendimento de corte.
Outro destaque da feira, foi uma reprodutora de apenas dois anos da raça Simental, ficou no terceira lugar no julgamento da melhor fêmea. O animal pertence a Estância Santa Lucia de Campos Novos. Segundo o proprietário Rodrigo Amalcaburio, o investimento para manter os animais é alto. Ao todo são 150 vacas de cria, destas, apenas cinco foram colocados em exposição.
O produtor explica que a Simental, uma raça de dupla aptidão, que se destaca, tanto na produção de carne como na produção de leite. Além disso, apresenta alta fertilidade, precocidade produtiva e reprodutiva. O animal de apenas dois anos, ficou no terceira lugar no julgamento da melhor fêmea da raça.
Feira multissetorial
A feira multissetorial da Expolages, está localizada nos pavilhões Tito Bianchini e Afonso Ribeiro, no Parque de Exposições do Conta Dinheiro, em Lages. A feira conta 45 expositores de diversos ramos e atividades. São empresas dos mais variados segmentos, como máquinas e equipamentos, imóveis, entidades empresariais, instituições de ensino, de crédito, tecnologia, alimentos, móveis, serviços, entre outros.
A empresa Minusa Tratorpeças há mais de 40 anos no mercado com a produção de peças para tratores e também considerada a maior indústria do hemisfério, dominando 65% do mercado brasileiro de peças de reposição para tratores de esteiras. Expõe há mais de 20 anos, na feira.
Para o gerente comercial Erivon Cascaes o evento proporciona maior aproximação com o cliente. “Aqui geramos novas oportunidades de negócios, tanto no segmento agrícola quanto no florestal” afirma. Devido a sua grandiosidade, Cascaes acredita que a feira multissetorial deveria abrir mais espaços e oportunidades para empresas de comércio e indústrias. “ Sabemos que Lages tem condições de fazer um evento ainda maior” avalia.
Já que economia da região está intimamente ligada à produção florestal, tanto para o desenvolvimento da de biomassa até a tora serradas. A Minusa levou para a exposição um cabeçote de manejo florestal. Outra novidade que a empresa levou para a Expolages, foi a mão de obra especializadas em manutenção de equipamentos florestais, tratores de esteira, escavadeiras e tratores agrícolas, além do parque fabril, conta com uma oficina mecânica especializada.
Na avaliação do representante comercial da Balanças Alto Vale, Jonas Mügge, a Expolages é uma vitrine para o negócio ao longo prazo “É venda garantida para o ano todo” afirma. A empresa é voltado para o segmento de de produtos voltados ao campo. São comercializados balanças gado, troncos de contenção, implementos para mangueiras entre outros “O diferencial é por conta da qualidade. As se destacam pela robustez, gerando maior lucro ao cliente e durabilidade do equipamento” garante.
Leilão arrecada mais de R$ 1,5 milhão
Considerado mais importante da Expolages, o leilão da novilha e gado geral, realizado na sexta-feira (13), o da novilha e gado geral, arrecadou R$ 1 milhão 585 mil. Ao todo foram comercializados totalizando 864 animais, divididos em 135 lotes.
Para os bois jovens a média alcançada foi de R$ 6,06. Já as novilhas, em R$ 6,05. O leilão ainda contou com alguns lotes de vacas prenhas e com cria, e que também foram vendidos sem contratempos. O primeiro lote, e que abriu a tarde de negócios, sob o comando do leiloeiro Delamar Macedo, o do produtor Gabriel Bonet Drissen, com sete bois da raça hereford, com 240 quilos cada, teve a média de R$ 6,33, alcançado o preço de R$ 1.520,00, por animal.
O presidente da Associação Rural, Márcio Pamplona, ressalta que Santa Catarina ao coibir a entrada de animais devido à condição sanitária, e que tornou o Estado livre de febre aftosa sem vacinação, havia o temor que o gado pudesse perder em razão da consanguinidade entre os rebanhos catarinenses.
No entanto, nos últimos 20 anos, o que se viu foi o aprimoramento das raças, alcançado pela mensuração dos investimentos nas propriedades com múltiplas melhorias. “O que se vê hoje são animais de Santa Catarina sendo premiados nos principais eventos do segmento por todo o País”, salientou.