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Expectativa do Comércio ainda não se confirmou

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Há 30 anos Aveni (dir) mantém uma barraca de artesanatos - Foto: Camila Paes

O ano de 2019 iniciou com grandes expectativas para os comerciantes. Em Santa Catarina, por exemplo, segundo uma pesquisa da Fecomércio, 40,5% dos empresários tinham ótimas esperanças para o ano que começava. Passados mais de seis meses, nas ruas é possível perceber que o crescimento continua igual ao ano passado e sem muitas mudanças. 

O empresário de uma loja de confecções, Renato Afonso Martins, é uma das pessoas que esperava que com a renovação de governo, a situação melhorasse. Porém, a procura e venda de peças continua parecida com 2018. Mas os feriados, como o do Dia das Mães, permanecem gerando um aumento nas vendas. 

A artesã Aveni Dias possuí há 30 anos uma barraca no calçadão Túlio Fiúza de Carvalho. Ela mesma produz as peças que comercializa, e avalia que o movimento tem sido menor que nos últimos anos, melhorando apenas, durante as datas comemorativas. 

O Dia das Mães é uma das datas de maior movimentação econômica, perdendo apenas para o Natal. Neste ano, o ticket médio observado pela Fecomércio foi de R$ 224,43 no estado, resultado 1,4% maior do que o observado no ano passado. 

Lages e Florianópolis foram as cidades destaque, com os dois maiores tickets médios do Estado. Por mais que o valor de gastos tenha aumentado, a variação de faturamento caiu 6,8%. O Dia dos Pais também registrou aumento de gastos, ainda maior que o Dia das Mães, com R$ 257,16.

Mesmo com queda econômica, ainda assim o crescimento do faturamento foi de 7,2%, mostrando que, mesmo com queda anual, a data continua sendo importante para vendas no comércio catarinense. 

A gerente de uma ótica em Lages, Sandra Camargo, ressalta que as vendas em datas comemorativas continuam em queda. A expectativa é que as pessoas passem a investir ainda mais no comércio local.

Numa lanchonete na rua Coronel Córdova, o movimento se altera, principalmente durante os horários diferenciados. No momento do almoço é onde aumenta o número de pessoas. Em outubro o empreendimento completa um ano e as vendas seguem dentro das expectativas. 

Em outra loja de confecções do Centro de Lages, a vendedora Tatiane Santos explica que as vendas permanecem igual aos últimos dois anos. Porém, este é um resultado positivo, já que esperavam que este ano fosse pior que os anteriores. 

Catarinense é otimista

No começo do ano, a pesquisa de expectativas para 2019 mostrou que 82,7% dos catarinenses acreditava que 2019 seria um ano melhor que 2018. Percentual maior do que os 55,6% do ano passado.

Os que responderam que será um ano pior somam 6,6% e os que dizem que permanecerá a mesma chegam a 9,1%. Portanto, em linhas gerais, o catarinense está mais otimista com o ano novo. Em Lages, por exemplo, a percepção de que o ano de 2019 será melhor chega a 88,3%.

No que diz respeito às metas para 2019, a maioria dos entrevistados para a pesquisa, queria economizar (34,7%), isto é, realizar algum investimento. Em segundo lugar aparecem os que pretendem comprar um imóvel (13,3%), seguido pelos que querem comprar automóvel/moto (11,6%), estudar (9,8%) e viajar (8,6%).

Para 2019, em Santa Catarina, 48,8% dos empresários afirmaram que têm boas expectativas, enquanto que para 40,5% as expectativas são ótimas. Na pesquisa, a Lages era a cidade que mais se destacava na pretensão de contratar novos funcionários, com 60,7% de intenção de contratações. 

Lages abriu mais de mil vagas de trabalho

No último levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostrou que de janeiro a junho deste ano, Lages abriu 1.039 novas vagas de trabalho. O grande destaque do período foi o setor de construção civil, que abriu 243 novos postos de trabalho para a função de servente de obras.

O primeiro semestre de 2019 fechou com resultado positivo para Santa Catarina em geração de empregos. De janeiro a junho, o Estado criou 49,8 mil postos de trabalho formais, o melhor resultado do Sul do Brasil para o período.

Trata-se ainda do terceiro melhor saldo do país, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais, os dois Estados mais populosos. O resultado é 48% maior do que no mesmo período de 2018, quando foram abertas 33,5 mil vagas de emprego.

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