Esportes
“Eu respirava basquete”, afirma corretor de imóveis
Felipe Chiaradia Ribeiro, o Tio Fila, escolheu o basquete como esporte. E desde a primeira cesta já se passaram 21 anos. Tudo começou em 1986 na idade escolar, quando ele soube aproveitar a grande estrutura do Colégio Diocesano, junto com outros jogadores.
“Eu respirava basquete.” Avalia Tio Fila, que foi campeão em todas as categorias possíveis, representou Lages por um bom tempo e foi atleta destaque em Santa Catarina, até que olheiros de outras cidades perceberam o talento do armador e o contrataram.
Para ele, a competição em si é a grande herança do esporte, não somente o ganhar, mas também valorizar a derrota, como aprendizado. “Costumo falar, que um jogo de basquete é uma vida em 40 minutos, são decisões, certas ou erradas, que no final fazem a diferença e que podem trazer a vitória ou derrota, o importante é saber onde errou e tentar melhorar (treino)”, explica.
O lageano admite que quando parou de jogar não estava preparado. “Foi complicado deixar aquela rotina de treinos, viagens, amigos que buscavam o mesmo objetivo e, principalmente, deixar de fazer algo que se ama. Até hoje, 12 anos depois, sinto o corpo não ter mais condições, mas também, de ter feito o meu máximo”.
Mesmo contrariado por deixar as quadras, Tio Fila disse que chegou ao seu limite técnico e físico. Até ultrapassou, principalmente o físico. “O corpo lembra todo dia do que foi feito, então, sem arrependimentos, mudaria algumas coisas, mas a entrega seria a mesma”, garante.
O ex-jogador é inquieto, tanto que nas folgas, não faz sempre a mesma coisa. Não consegue ficar parado, sempre inventa algo com os amigos. Ele também gosta de cozinhar, mas tem talento para investir e trabalha como corretor de imóveis. Também dirige o Seu Lar Saudável, empresa do ramo de higienização de casas e estabelecimentos. É pai de João Felipe de 13 anos.
Na sua época, quem estava no auge era o americano Michel Jordan, que até hoje tem fãs pelo mundo. “Sem dúvidas, o melhor, completo em todos fundamentos, com aquela gana pela vitória e assumindo os risco”.
Felipe ainda ri de algumas situações da “vida em quadra”. Um dos episódios foi em Blumenau. Ele recém tinha chegado ao time da cidade. Tinha 19 anos e foi contratado para defender o time adulto, onde ficou por duas temporadas.
O jogo era em Blumenau e no intervalo o time escutou as orientações do técnico e ele foi ao banheiro. Alguém chaveou a porta do vestiário. Ficou o segundo tempo trancado.
“Ninguém sentiu minha falta. Como não jogava ainda por ser muito novo e mal conhecia o pessoal do time, fiquei o segundo tempo inteiro trancado. Queria matar todo mundo quando voltaram, chorava de raiva, mas foi mais um motivo para buscar meu espaço”.
Títulos
- Tricampeão estadual mirim,
- Tetra campeão estadual infantil
- Tetra campeão estadual infanto-juvenil
- Campeão estadual Juvenil,
- Tricampeão dos Joguinhos Abertos de Santa Catarina
Títulos pelo GED
- Campeão Brasileiro da segunda divisão por Santa Catarina
- Sete títulos dos Jogos abertos de Santa Catarina (Jasc).
- Campeão do Jogos Abertos brasileiros
- Campeão Copa Brasil Sul adulto
- Sete títulos como campeão adulto catarinense
- Sete participações no Campeonato Brasileiro de Basquete (cinco por Joinville e dois por Brusque)
Títulos individuais
- Destaque do brasileiro da segunda divisão
- Dois troféus O Jornaleiro
- Destaque da modalidade no Ano em Santa Catarina