Em entrega de viaturas, comandante-geral fala sobre desafios de 2019

O comandante-geral da PM, coronel Carlos Alberto de Araújo Gomes Filho, fez a entrega de 17 viaturas para a 2ª região de Polícia Militar. A solenidade aconteceu na tarde de quinta-feira (25), no 6º Batalhão da Polícia Militar de Lages, no Bairro São Cristóvão. Elas serão distribuídas pela cidades da região com critério técnicos baseados na quilometragem, tempo de serviço e custo de manutenção das viaturas que serão substituídas.

Para Lages foram destinadas duas viaturas, as restantes serão distribuídas para 15 cidades entre os 39 municípios que compõem 2ª região, (Otacílio Costa, Celso Ramos, Urupema, Ponte Alta, Canoinhas, Porto União, Bela Vista do Toldo, Três Barras, Major Vieira Curitibanos, São Cristóvão do Sul, Timbó Grande, Mafra, Monte Castelo e Itaiópolis.

O comandante da 2ª região, coronel PM  Moacir Gomes Ribeiro, em discurso, salientou que a região corresponde a 24% do território catarinense, contempla 39 municípios, abrange quase 850 policiais que atendem mais de 30 mil ocorrências, 332 armas de fogo e 3.850 detidos em flagrante. “Vai melhorar a logística e facilitar  no atendimento à população”, comenta.

Disse ainda que a aquisição é apenas parte de um grande projeto que pretende distribuir 296 viaturas para todo o Estado. O valor total do investimento do Governo Federal é de R$ 18.142.680,00.

São veículos Fiat Palio Wekkend, com cela, dispositivo sonoro e luminoso provenientes do Programa Pacto Santa Catarina, fonte de recursos do Banco do Brasil que serão usadas para policiamento ostensivo na circunscrição desta região de Polícia Militar.

Coronel Araújo Gomes

O comandante-geral da PM coronel Araújo Gomes falou com a reportagem sobre violência contra mulher, programa de proteção e nos desafios para 2019.

CL: Aqui na Serra, a PM tem conseguido melhorar alguns índices de violência. O que o senhor tem a dizer sobre isso e o que mais a polícia pode fazer para garantir a segurança da população?

Comandante: A PM criou uma camada de proteção. Programas preventivos institucionalizadas pela corporação tem papel enorme nessa proteção. Entre eles, a Rede Catarina que atua diretamente sobre as mulheres vítimas de violência, vigiando, controlando a execução das medidas protetivas contra os maridos ou companheiros abusadores, que tem um resultado extraordinário. Tem outras, a Rede de Vizinhos abrange o Estado e hoje tem mais de 70 mil famílias e negócios integrados, a Rede Escolar de proteção, que atua sobre as comunidades escolares e vai além da rondas, com orientação, palestras e ações no entorno. E tem as Escolinhas de Trânsito, outra frente bastante importante de prevenção. A PM atua em várias camadas e níveis. A prevenção tem um papel relevante”

Com relação a agressão das policiais civis por policiais militares, durante a Oktoberfest, o que o senhor tem a dizer? Que providências foram tomadas?

Está em apuração. O que houve foi um incidente em ocorrência. A apuração é que vai dizer se houve agressão, quem agrediu quem, como aconteceu. Ratifico o que está nas notas que isso é um incidente pontual, que a instituições estão perfeitamente integradas nas suas missões e na obtenção de resultados e que a vida segue. Temos operações mais diversas acontecendo de maneira integrada. Seria injusto nos manifestar antes da apuração, ouvir as duas partes, as testemunhas e ver os vídeos que existem sobre o que aconteceu.

A partir de 2019, que desafios o novo comandante da PM e o Governo do Estado terão para oferecer mais segurança à população?

Ao longo deste ano tivemos a redução sensível de crimes violentos, os homicídios, as mortes violentas caíram. Estamos com 167 mortes, 4.500 roubos e 8 mil furtos a menos que o ano passado. O primeiro grande desafio é manter essa tendência de redução da criminalidade para retornar aos patamares

de cinco, seis anos atrás, quando os gráfico começaram a subir. Fora isso, há alguns desafios para o ano que vem, que não são finalísticos mas sim de suporte. Preciso garantir o financiamento da PM que diz respeito a investimento e ainda garantir a manutenção da capacidade operacional (viaturas, armamento e substituição de coletes). Manter as parcerias estabelecidas para  garantir a continuidade desse programas e aprofundar as relações que a sociedade catarinense tem com a sua PM.