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Elevação na pista e falta de trecho sem asfalto incomodam moradores e motoristas

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Foto: Núbia Garcia

Há cerca de cinco anos, quem trafega pela Avenida Marechal Castelo Branco, no cruzamento com o esboço do que um dia será a Avenida Ponte Grande, no Bairro Ferrovia, em Lages, depara-se com algo que não fazia parte da geografia do local: um pequeno morro no meio da via, resultado da implementação da rede de esgoto naquele trecho. Por causa desta obra, o asfalto do cruzamento foi removido e até hoje não foi refeito, o que tem causado incômodo para quem precisa usar a via.

A família da dona de casa Priscila Mota, 25 anos, mora nas proximidades deste cruzamento há cerca de 10 anos. Segundo ela, o início das obras para asfaltamento da Avenida Ponte Grande – que se iniciaram em julho de 2013 e não têm previsão de encerramento-, trouxe benefícios e malefícios para quem mora nos arredores.

“O ponto positivo é que, desde o início da obra, pararam de acontecer as enchentes aqui. Antes, qualquer chuva mais forte a água subia até perto dos prédios [conjunto habitacional no Bairro Ferrovia], mas isso não acontece mais. O ponto negativo é que não arrumam a avenida [Marechal Castelo Branco] de uma vez, a finalização tá muito demorada.”

Priscila também reclama da falta de segurança que o serviço inacabado provoca, pois, com a instalação da rede de esgoto, um bom trecho está até hoje sem calçada, o que obriga pedestres a disputarem espaço com automóveis no meio da via. “Antes era tranquilo caminhar por aqui porque era só asfalto. Agora, é asfalto, pedra, barro, poeira… sem contar que essa parte [sem asfalto] vive com buracos”, comenta.

O operador de caixa Alex Souza, 18 anos, mora no Bairro Ferrovia e trabalha no Popular, por isso, diariamente, passa a pé pelo cruzamento da Marechal Castelo Branco com a Ponte Grande, e também sofre com a precariedade do trecho.

“Faz uns cinco anos que está assim. Antes era tudo asfaltado, era reto e mais seguro pra gente passar. Agora, acho perigoso, principalmente para as crianças, porque não tem estabilidade para caminhar. É difícil nos dias em que o tempo tá bom, mas piora com tempo ruim. Fica tudo embarrado, os carros passam e jogam barro nos pedestres. É preciso melhorar a qualidade com urgência.”

A auxiliar de cabeleireira Camila Lima, 24 anos, não mora nas proximidades deste trecho, mas trafega com frequência pela Avenida Marechal Castelo Branco. Para ela, a elevação na pista da avenida e as péssimas condições de trafegabilidade colocam em risco não apenas os moradores, mas também os motoristas que usam a via.

“Esses dias, meu carro patinou ‘legal’ aqui. É uma vergonha as coisas estarem assim. Essa é uma avenida importante, que corta a cidade, muitos turistas usam ela pra ir até a estação ferroviária, especialmente quando tem os passeios de Maria Fumaça, daí chegam aqui e se deparam com isso. Sem contar que aqui tem um fluxo muito intenso de caminhões pesados, por causa das madeireiras. Os moradores sofrem bastante por causa do pó ou do barro, e das péssimas condições de uma avenida tão importante”, lamenta.

Prefeitura precisa de autorização para recuperar asfalto

De acordo com o Secretário de Planejamento e Obras, João Alberto Duarte, como a construção da Avenida Ponte Grande se trata de uma obra realizada com recursos federais, o município não pode simplesmente intervir e executar a recuperação do cruzamento com a Avenida Marechal Castelo Branco, pois implicaria na dupla aplicação de recursos em uma mesma obra.

Para executar a recuperação asfáltica, é preciso fazer um pedido formal à Caixa Econômica Federal e, somente se houver autorização, o município pode intervir e consertar o trecho. Segundo ele, tendo em vista a demora na conclusão da Avenida Ponte Grande, esta solicitação está sendo elaborada pela pasta e será entregue por escrito à Caixa. “É pouca coisa, seria fácil pra gente fazer com mão de obra da secretaria mesmo”, completa.

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