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Detentas do Presídio Regional fazem curso de beleza
“A nossa preocupação é atingir de forma proporcional os dois tipos de presos (feminino e masculino) e não é porque as mulheres são em menor número que se encaminharão menos projetos”, afirma o gerente do Presídio Regional de Lages, Diego Costa Lopes, sobre o Programa Qualifica Mulher, da Prefeitura de Lages, implantado para o público feminino.
As apenadas foram apresentadas às opções de cursos na área da beleza, depilação, massagem, maquiagem, cabeleireiro e design de sobrancelhas. Deverão ser selecionados dois cursos, que serão explorados por três turmas de mulheres, cada uma com 25 componentes. O cronograma será elaborado pela administração da unidade prisional, levando em conta o dia a dia e os compromissos das reeducandas. Ao todo, o presídio possui 70 mulheres com faixa etária média entre 18 e 25 anos anos.
“A intenção é quebrar barreiras. Inicialmente, serão cursos voltados para a mulher. Mas em parceria com a Prefeitura de Lages queremos oferecer aprendizados normalmente exercidos por homens. O toque e a percepção femininas, certamente garantem um acabamento diferenciado aos produtos”, completa o gerente. Os instrutores serão voluntários, como ocorre no Qualifica Melhor Lages. Os materiais para a parte prática serão doados por empresários e pessoas da comunidade.
Unidade terá cozinha e padaria
A construção da cozinha no Presídio Regional de Lages está bem avançada e vai suprir as alimentações de acordo com o que prevê a Vigilância Sanitária. Segundo o gerente da unidade, Diego Costa, em 60 dias deve estar totalmente pronta.
Isso graças às parcerias do Departamento Prisional, Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP), Conselho da Comunidade de Lages, Penitenciária de São Cristóvão do Sul e direção do Presídio Masculino do Bairro Santa Clara em Lages. “São entidades e órgãos ajudando a concretizar este projeto”, ressalta o agente.
Dentro da cozinha há um fluxograma de entrada de alimento cru e preparo, e a parte de cozimento, por meio do qual o alimento sai pronto. Uma padaria também está projetada para funcionar no mesmo espaço, ou seja, vai suprir todas as alimentações dos apenados, que entre café, almoço e jantar chegam a 1.400 refeições diárias.
“Um volume alto que demanda um espaço adequado para isso”, salienta. Três presos do regime semiaberto trabalham na obra, que deve custar R$ 60 mil, recursos do Governo do Estado. A população carcerária do Presídio Regional é de 235 homens e 70 mulheres, vindos dos 18 municípios da Serra Catarinense.