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Curso qualifica agentes penitenciários para situações extremas

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Profissionais desceram de rapel de uma altura de cerca de 60 metros - Fotos: Susana Küster

Descer em torno de 60 metros de rapel; saber fazer uma escolta de alta complexidade, que possui longa duração e periculosidade; dominar o autossocorro; desenvolver técnicas de patrulha urbana e rural; dirigir de forma defensiva e ofensiva; aprender sobre direitos humanos, mecânica veicular e legislação aplicada ao servidor, entre outras qualificações.

Todos esses temas fazem parte do conteúdo do curso denominado Águia de Osso, que habilita agentes penitenciários estaduais e federais, bombeiros, policiais civis e militares, e servidores da guarda municipal para diversas situações de risco, que envolvem escolta de alta complexidade e resgate usando técnicas de rapel.

O curso treina resistência mental e física, quem participa passa por privação de sono e alimentação. O objetivo, segundo o coordenador do Serviços de Operações e Escoltas (SOE), do Departamento de Administração Prisional (Deap), Rafael Zaba é preparar os profissionais para situações inesperadas.

Na terça-feira (23), por exemplo, eles estavam fazendo rapel em um prédio em construção, que fica na Rua Alice Ramos, no Bairro Coral, em Lages. O objetivo desta parte é preparar os profissionais para resgate de feridos nas chamadas muralhas, que ficam nos presídios, pois algumas possuem até 15 metros. Além disso, é possível usar uma técnica para chegar em locais de forma mais rápida e estratégica, por cima, e depois descer de rapel.

Teste de resiliência

Na primeira etapa do curso, que possui ao todo 37 dias, haviam 90 pessoas. Como as fases são eliminatórias, agora restam 42 profissionais que, por enquanto, estão concluindo todos os desafios. Para conseguir ingressar, precisa passar por uma seleção interna e não pode responder nenhum processo na corregedoria.

Também é necessário já ter feito algumas qualificações, pois esta formação é considerada avançada. E, além disso, passa por um teste físico, pois durante o Águia de Osso, o profissional prova os limites do corpo.

Algumas etapas ocorrem em São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, e outras acontecem em Lages, pois o município possui uma estrutura do Núcleo de Operações Táticas com estande de tiro, sala de aula e torre para rapel. Além disso, Lages tem parcerias com Corpo de Bombeiros, Batalhão Aéreo, Exército, prefeitura, Diretran, e a empresa terceirizada do presídio, Reviver.

Este ano, o Águia de Osso, que é promovido pela Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, foi aberto para profissionais de outros estados. Há servidores dos municípios e estados do Ceará, Brasília, Catanduvas e Campo Grande, que replicarão o conhecimento para seus colegas de trabalho.

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