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Curso de Engenharia Florestal ajuda a impulsionar setor madeireiro
Mesmo com o novo e expressivo prédio no campus do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV/Udesc) para o curso de Engenharia Florestal, o que mais se destaca no meio acadêmico, é o trabalho realizado ali dentro. Já são 14 anos de graduação e 6 do curso de mestrado, com a publicação de 124 dissertações neste período.
Um exemplo disso é o projeto desenvolvido pelos acadêmicos Guilherme Motta e João Laryan Borges Righez, que recebeu a segunda melhor colocação na quarta edição do Concurso Latino-Americano de Projetos Estudantis de Ciência e Tecnologia (Infomatrix), com o projeto “Painéis autoportantes em madeira”.
O coordenador do curso, Philipe Soares, ressalta que no corpo docente, todos os professores têm pelo menos uma bolsa de pesquisa. Há diversos trabalhos que podem ser destacados, como projetos de recuperação de pequenas propriedades, ações realizadas com idosos, asilos e educação nas escolas e asilos.
Também há como destacar pesquisas sobre o melhoramento de Sequoias, uma das espécies de árvores mais altas do mundo, onde são realizados testes em diferentes pontos, como uma alternativa para o pinus.
Há também o surgimento de uma startup, com o trabalho de fins estruturais da madeira com plataformas de madeira laminada colada cruzada e o desenvolvimento de tecnologias para avaliação da sanidade agrícola e florestal remota.
Este último, foi um dos ganhadores do prêmio Sinapse da Inovação, que incentiva ao empreendedorismo inovador que oferece recursos financeiros, capacitações e suporte. O coordenador da pós-graduação, Márcio Navroski, explica que tantos alunos do mestrado e da graduação participam desses projetos.
A implementação do curso em Lages surgiu por uma necessidade. Por ser uma região com um setor madeireiro forte, os próprios empresários viram aí, uma oportunidade na qualificação de profissionais.
Philipe explica que, por causa disso, o setor e o curso caminham juntos para o melhoramento das condições de trabalho e pesquisas são realizadas com foco no que é realizado na região. Com isso, o coordenador de graduação ressalta que as oportunidades de trabalho são grandes para os acadêmicos, já que estão sempre em contato com o campo e empresas.
O biólogo Bruno Correa, formado pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, encontrou no curso de Engenharia Florestal uma oportunidade de mestrado. Está terminando o mestrado, com o tema em quebra de dormência de espécies florestal nativa. A intenção é continuar estudando, mas não em Lages, já que não há curso de doutorado no CAV.
O prédio
A inauguração do prédio serviu como um complemento para o curso, que possui também um herbário registrado Index Herbariorum do New York Botanical Garden e no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Philipe ressalta que a inauguração serve como motivação para os cerca de 40 projetos de pesquisa ativos e para o desenvolvimento de outros, já que as salas foram pensadas exclusivamente para os laboratórios e para abrigar as necessidades do corpo docente e estudantes.
Iniciada em 2012, a obra de 5,5 mil metros quadrados teve investimento de recursos próprios da Udesc no valor de R$ 10,4 milhões, foi inaugurada no último dia 10. A estrutura conta com oito salas de graduação, cinco salas de pós-graduação, 18 salas de professores, dez banheiros, sala multiuso, copa e auditório. Além disso, no subsolo do novo prédio, encontram-se onze laboratórios da Tecnologia da Madeira.
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