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Consumidores se preparam para enfrentar aumento na tarifa

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Foto: Núbia Garcia

Tirar da tomada os eletrodomésticos quando não estão sendo utilizados e apagar as luzes dos cômodos quando ninguém está neles, são algumas das medidas adotadas pela dona de casa Tereza Fernandes Matoso, que mora com a família no Bairro Guadalajara, em Lages.

Fã de rádio, ela conta que sempre está atenta aos programas jornalísticos e quando houve qualquer notícia relacionada a aumento da tarifa de luz, redobra os cuidados em casa, para evitar desperdício e economizar. “Esses dias ouvi que vai ter um aumento na conta. Já comecei a cuidar mais, porque aqui em casa tem muitas peças [cômodos], mas eu sempre cuido muito pra luz não ficar ligada quando não tem ninguém.”

Moradora do Bairro Jardim Celina, a dona de casa Maiane da Silva também toma cuidados semelhantes aos de Tereza para evitar desperdício de energia. “Se as crianças deixam a luz acesa, a gente sempre apaga, procuramos economizar ficando menos no banho, e o micro-ondas, que não tem necessidade de tá ligado todo dia, a gente tira da tomada e só liga quando usa”, conta, destacando que tem aparelho de ar condicionado em casa, mas, no inverno, o equipamento é substituído pelo fogão a lenha, visando justamente à economia de energia.

Tereza e Maiane são precavidas e estão preparadas para os reajustes previstos para 2020. Na semana passada, por exemplo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu uma consulta pública que tem como objetivo debater o orçamento para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um dos subsídios pagos pelos consumidores de energia.

Para o próximo ano, a Aneel aprovou um orçamento para a CDE de R$ 22,453 bilhões, um aumento de 11% em relação ao orçamento de 2019. Com isso, a tarifa vai ficar, em média, 2,42% mais cara para consumidores de todo o país.

O gerente do Núcleo Planalto da Celesc, Gladimir Jeremias, explica que a Celesc não tem como intervir no orçamento da CDE. “Não cabe à Celesc discutir isso porque somos uma distribuidora [de energia elétrica]. A nós cabe o papel de, simplesmente, repassar o aumento na fatura e devolver todo o valor arrecadado [referente ao aumento] para a CDE”, explica.

Para não haver confusão, Gladimir destaca que a revisão tarifária da Celesc não é a mesma que está sendo avaliada pela Aneel neste momento. “Sempre no mês de agosto é feita a nossa revisão tarifária. Nesse ano, por exemplo, baixou 9%. Acredito que no ano que vem talvez não aumente de novo, pois o mercado está bem estável e pode ser que [a tarifa da luz] se mantenha”, completa.

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