Geral
Consumidor pode nem sentir queda de preço no combustível
O preço médio da gasolina caiu 4,4% e do óleo diesel, 3,8% nas refinarias. Os valores seguem o câmbio e o mercado internacional do petróleo, que caiu 3,3% na última semana. Porém, essa redução pode não ser percebida pelo consumidor.
Isso porque a redução ocorreu somente nas refinarias e até o combustível chegar aos consumidores há vários fatores envolvidos, como tributos, margens de distribuição e revenda, e a mistura obrigatória de biodiesel e de álcool.
O Sindipetro/SC esclarece melhor essa situação. “A redução anunciada pelo Petrobras é sobre o valor do combustível puro, chamado tipo A. Esses combustíveis são vendidos pela Petrobras para as distribuidoras que são responsáveis por realizar a mistura do etanol, no caso da gasolina, e do biodiesel no caso do diesel e só depois vendê-los para os postos”, afirma a assessoria de imprensa da entidade, por meio de nota.
O sindicato lembra ainda, que as revendas não podem comprar gasolina ou qualquer outro combustível diretamente da Petrobras. E, que o mercado de combustível é livre, ficando cada revendedor, responsável por determinar o seu valor, baseando-se em despesas como folha de pagamento, aluguel, água, energia e outros.
De acordo com o presidente da Associação dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, desde o último ajuste do preço da gasolina, em 11 de junho, ela já subiu 7% no exterior, o que eleva a defasagem do preço interno em relação ao preço internacional para 189,75% no porto de Suape e de 153,14% no Porto de Santos.
Em relação ao diesel, Araújo diz que a defasagem média está em torno dos 78%. O mais recente ajuste do preço do diesel ocorreu em 1º de julho, quando foi elevado em 3,92%. Com a redução, este combustível atinge seu menor valor nas refinarias desde 28 de fevereiro, quando era cotado a R$ 1,6538.
Queda em ascensão
Apesar do consumidor não sentir o reflexo da redução do preço dos combustiveis, todas as vezes em que ele diminui o valor nas refinarias, a queda tem ocorrido com frequência. Segundo dados divulgados pela Petrobras, a primeira diminuição do valor, depois de mais de dois meses de aumento gradativo, ocorreu no dia 24 de maio, quando a gasolina passou de R$ 2,04 nas refinarias para R$ 1,95; depois, no dia 1º de junho, o preço foi para R$ 1,81; no dia 11 de junho, caiu para R$ 1,75 e depois para R$ 1,68, na última terça-feira (9).