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Confederação Nacional nega greve de caminhoneiros

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Segundo CNTTL, negociação do valor mínimo do frete ainda está em negociação, por isso não há previsão de paralisação - Foto: Núbia Garcia

Depois que a Petrobras anunciou o reajuste de R$ 0,10 no preço do diesel nas refinarias, na semana passada, a possibilidade de que uma nova paralisação de caminhoneiros acontecesse foi ventilada nas redes sociais. Apesar disso, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) não confirma a informação.

No mesmo dia do anúncio feito pela Petrobras, Wanderlei Alves, conhecido como Dedéco, que é um dos representantes dos movimentos de caminhoneiros, afirmou que a categoria iniciará uma paralisação a partir da meia-noite do dia 29 de abril.

De acordo com o diretor da CNTTL, Jorge Flores de Oliveira, Dedéco não é oficialmente uma liderança da categoria e não há paralisação confirmada. Segundo ele, por causa do acordo feito com o governo no ano passado, nenhuma paralisação ou greve acontecerão no primeiro semestre de 2019, pois está em vigência o período para que entre em vigor o preço mínimo do frete.

“Vamos aguardar uma posição do governo em junho ou julho. Depois não sei, de repente pode ocorrer alguma coisa, mas por enquanto não, pois estamos em negociação com o governo ainda”, afirma.

Flores explica que o governo está fazendo um estudo para definir o preço mínimo do frete, que deve ser apresentado até a metade do ano. A tabela vai definir o valor mínimo que deve ser pago, levando em consideração distância percorrida e preço dos combustíveis, dentre outras variáveis. Flores explica que a tabela terá como referência o reajuste no preço do Diesel – que segundo o governo será feito quinzenalmente, para que o valor pago ao caminhoneiro não fique defasado.

“Se tiver um frete digno, [o caminhoneiro] vai conseguir fazer manutenção do caminhão e sustentar a família direito. Hoje não se consegue nem isso mais e o equipamento de trabalho [caminhão] está cada vez mais sucateado. A gente não consegue receber um preço digno e agora que o Brasil deu uma estagnada, tá tudo parado, tá sem frente. Vamos esperar pra ver se desenvolve alguma coisa”, completa.

O anúncio do aumento de R$ 0,10 por litro de diesel nas refinarias foi feito pelo presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, no dia 17 de abril, 24 dias depois do último aumento e alguns dias após a companhia divulgar outro aumento e voltar atrás.

O diesel subiu de R$ 2,14 para R$ 2,24, em média, nas refinarias de todo o país. Na ocasião, Castello Branco declarou que a política de preços da estatal acompanhará a variação do combustível no mercado internacional e que a periodicidade terá média de 15 dias.

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