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Comunidade reclama da demora no atendimento

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Entre crianças e adolescentes, hospital atende cerca de 300 pacientes por dia - Foto: Susana Küster

As reclamações sobre a demora no atendimento da emergência do Hospital Infantil Seara do Bem não são novidade. Pacientes que passam pela triagem do SUS deveriam aguardar uma hora, mas esperam mais de três horas.

A esperança é de que a situação mude quando o serviço passar para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O prazo para isso acontecer é até o dia 16 de janeiro, segundo determina um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) feito pela Prefeitura de Lages com o Ministério Público.

De acordo com o administrador do hospital, Éder Gonçalves, cerca de 60% das crianças atendidas no local, não deveriam estar lá, pois poderiam buscar assistência nos postos de saúde. Cerca de 300 crianças e adolescentes são atendidas diariamente no local. 

Gonçalves afirma que nesta época, há uma sobrecarga no atendimento, devido às questões climáticas que provocam doenças sazonais. Para atender a demanda, ele diz que há sempre dois médicos atendendo os pacientes, e a partir das 17 horas, o número de profissionais passa para três, que se mantém até às 23 horas.

Depois dessa hora, continuam dois médicos no atendimento. “O atendimento poderia ser mais rápido, se fossem só casos urgentes, mas há consultas que poderiam ser feitas no posto de saúde.”

Dayane Schmidt, 30 anos é uma das pessoas que reclama da demora em ser atendida no hospital. Ela foi com a filha de seis anos no local e depois de passar por uma triagem, o tempo de espera seria de uma hora, mas demorou três horas e meia.

“Ela estava com febre, dor de cabeça e falta de visão no olho esquerdo. Deram remédio para dor e antinflamatório. Não resolveu, vamos ter que buscar médico particular, porque ela continua com os mesmos problemas”.

Outro caso de demora no atendimento é de Vanderléia Cristina dos Anjos Pereira, 39 anos. Há dois anos, ela leva a filha de 15 anos com frequência no hospital infantil para um tratamento oncológico. Na terça-feira, ela ficou duas horas aguardando pela consulta médica. “Em 40 minutos, ninguém foi chamado, várias crianças passando mal e nada de chamarem para a consulta.”

Com o bebê de oito meses no colo, Elisangela Shonz, 36 anos, também reclama da demora. Ela disse que no sábado retrasado aguardou o médico por três horas e a triagem classificou a espera para duas horas.

Upa vai absorver atendimento

A secretária municipal de Saúde, Odila Waldrich concorda que alguns casos poderiam ser atendidos nos postos de saúde, ao invés de irem para o hospital. Porém, destaca que muitos pais trabalham o dia todo e à noite que analisam o quadro clínico do filho.

“Alguns não têm tempo de ir no posto de saúde buscar senha de atendimento, pois trabalham, outros preferem ir até o hospital, pois consideram que será mais rápido o diagnóstico médico. Vamos ter certeza de como tudo funciona, quando assumirmos o atendimento.”

A secretária frisa que a UPA possui uma ala para a pediatria, então a estrutura não ficará sobrecarregada com a demanda de crianças e adolescentes que o hospital atende. Os médicos que atuam na emergência do hospital são pagos pelo município, então somente mudarão o local de trabalho.

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