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Comunidade “compra” arma para grupamento da PM  

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Empresários e o comandante, sargento Chagas de Bocaina do Sul - Foto: Divulgação

A iniciativa da população em ajudar o grupamento da Polícia Militar de Bocaina do Sul tem melhorado o trabalho dos militares da Segunda Região. Trabalho diário realizado com efetivo reduzido e carência de armamento.

Quatro empresários do município juntaram R$ 5 mil e depositaram no fundo de reaparelhamento da PMSC. Com a quantia, foi possível comprar uma carabina CTT.40. A carabina é uma arma de precisão, com alcance de 150 metros, cinco carregadores, comporta 30 munições e vai ajudar no dia a dia dos policiais. “A arma veio para somar. Um poder de resposta eficaz,” afirma o comandante do Grupamento da PM, sargento Cristopher Chagas.

As empresas doadoras foram a CV Materiais de Construção, gerência da agência do Siccob, Posto Salmória e Restaurante Tempero Serrano. Eles atenderam ao pedido do sargento Chagas.    

Segundo o sargento, é importante ressaltar que segurança é um conjunto de ações entre comunidade e Polícia Militar e esse tipo de doação é de extrema importância para melhorar e fortalecer a segurança local.

A população é bem engajada e já doou um telefone celular para a guarnição. O plano é pré-pago e a conta também fica por conta da comunidade. O aparelho é importante para dar suporte ao Programa Rede de Vizinhos, que funciona 24 horas por dia.

Entusiasmado com a adesão da comunidade, o sargento tem em mente uma nova missão. Quer adquirir um etilômetro (bafômetro) que custa R$ 10 mil.  “Vou solicitar a colaboração do comércio, embora reconheça que a cidade é pequena e nem todos têm condições, mas sempre há quem possa ajudar.” Para ele, o uso do bafômetro vai prevenir acidentes, uma vez que, de acordo com ele, 25% do acidentes na BR-282 acontecem no trecho de Bocaina do Sul. Chagas disse que apelar para a comunidade se tornou fundamental para realizar um trabalho seguro. “Sabemos da indisponibilidade financeira do Estado, o que reflete em várias repartições e  fica difícil alimentar as necessidades”, argumenta.

Prazer em ajudar

O gerente do Siccob, agência de Bocaina do Sul, João Eduardo Della Justina, disse que ajudou porque a segurança é interessante também para a cooperativa de crédito. “Eles [os policiais] estão sempre dispostos e  temos de dar apoio.” Além disso, comentou que o Siccob é parceiro da comunidade e realiza ações sociais com os cooperados. “O Estado não poderia suprir a necessidade da guarnição e resolvemos, após consultar o presidente, cooperar,” salienta Della Justina.

Edson Salmoria, dono de um posto de combustíveis, foi outro empresário que colaborou com a compra da carabina. “Soubemos que a PM tinha carência de armamento e ficamos preocupados. Ou seja, fizemos o que o Estado deveria fazer: oferecer condições aos policiais de proteger a população. Pagamos impostos altos para ter também segurança.”

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