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#CLentrevista o prefeito de Bom Retiro Vilmar Neckel

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Correio Lageano: Prefeito, qual a atuação da Amures hoje?

Vilmar Neckel: Como prefeito de Bom Retiro, já estávamos fazendo um trabalho com a região serrana, mas, agora, integrado à Amures, que é muito importante para a região, hoje com 18 municípios, temos grande número de pequenos municípios e que tem uma dependência muito grande para dar suporte e desenvolvimento à região.

A Amures atua em várias áreas e dá um suporte para municípios que, talvez, não conseguissem atuar sem o respaldo que a Amures dá.

Sim, duas áreas importantes são o consórcio da saúde, que hoje conseguimos dar um bom suporte e atendimento, com custo baixo. O município pequeno, sem isso, não teria saída para atender à quantidade de pessoas que atendemos. Só as equipes de família, jamais teriam condições de dar esse suporte. Com o consórcio, a gente tem conseguido uma economia de até 70% nas consultas e exames e conseguimos triplicar o atendimento. Tem o Cisama, que dá suporte na área social, agricultura e várias áreas.

E esse suporte passa a ser muito mais importante, a partir do ano que vem, já que o novo governo promete extinguir as Agências de Desenvolvimento Regional (ADR), que tinham o papel de fazer essa ponte entre os municípios e o governo do Estado.

A minha visão das regionais é negativa, porque não tinha técnicos e profissionais. Tinha funcionários para repassar documentos, o custo era muito alto. Então, eu penso que, com a economia desse governo, a associação terá caminho mais direto com o Governo do Estado, que tem profissionais, uma equipe boa para dar suporte para toda a região. São 18 município e a importância da associação a partir de 2019, é muito grande para o desenvolvimento da região.  

Outro projeto importante é o selo de Turismo.Há planos para ampliá-lo?

Esse foi um grande passo que a Amures deu na questão do turismo. Eu sempre digo que o turismo na Serra Catarinense é diferenciado, tem muita diversidade. É turismo o ano inteiro, é o rural, que agrega com a agricultura, com o agronegócio. A região serrana não estava se destacando nacionalmente. Com essa porta que Amures abriu, fazendo o levantamento turístico de cada município, no ano passado foram conseguidos seis municípios e o selo Prodetur Mais Turismo, que é um reconhecimento que você consegue abrir portas, até para financiamentos para o município e empresas privadas que querem investir. E aí esse andamento iremos continuar, para completar os 18 municípios até 2019. Queremos agregar valor na nossa região. Para agricultor, por exemplo, que pode produzir e ter o turismo dentro da sua propriedade. Vamos incorporar a rendas das famílias, em especial, na agricultura familiar.

Temos um turismo diferenciado e que vem crescendo. Um exemplo é a Rota Caminhos da Neve, que foi um projeto com a participação da Amures e depende de regulamentação.

Já foi aprovada a lei e o nosso caminho em 2019 é regulamentá-la, para realmente botar em atividade, para que seja executada. Será nosso próximo passo. É um projeto que foi iniciado há 25 anos e meio que parou. A gente quer ressuscitar esse projeto e mostrar todos os resultados.

E envolve todos os municípios?

A nossa região tem uma realidade diferente, por ter microrregiões. Bom Retiro, São Joaquim, Urupema, Rio Rufino é um tipo de turismo. Aí vai para a região dos lagos, que é outro tipo. Com certeza se desenvolver por microrregiões, para que não seja focado só em um tipo de turismo, então, a gente quer diversificar bastante para atrair todo tipo de visitante para que seja bem acolhido, porque nosso povo é acolhedor e nossa região é rica. Só falta ela se desenvolver.

E quais são os novos projetos para 2019?

Centralizar a Amures, para que todos os municípios venham à ela. As licitações e projetos compartilhados, e dar continuidade aos consórcios, para dar mais oportunidades para os municípios. Como na saúde, descentralizar os atendimentos, para tirar um pouco a carga de Lages.

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