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#CLentrevista com João Alberto Duarte
Colaborou: Jordana Boscato
Correio Lageano: Sua pasta possui muitas obras e projetos, gostaria que o senhor falasse sobre o Complexo Ponte Grande. O Prefeito Ceron já disse que essa é uma das obras que não vai conseguir concluir até o fim do mandato, agora em 2020. Mas gostaria de saber como está a situação?
João Alberto: Os trabalhos avançaram bastante nesse período, em função dos recursos que vieram para fazer as desapropriações, daquele financiamento de R$ 50 milhões [do Finisa], R$ 5 milhões foram para indenizações. Foram feitas avaliações, pagas as pessoas, inclusive tinha um processo judicial, no qual oito ou nove famílias já receberam e foram retiradas do local.
Do Complexo até a Avenida Castelo Branco, o esgoto já está pronto; da Castelo Branco até a Avenida Presidente Vargas faltam detalhes, que devem ser cumpridos nos próximos dias. Agora, vamos trabalhar da Presidente Vargas até a BR-282, que o Denit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) já liberou. E da 282 até o Bairro Guarujá, vai pela Rua Ouro Preto, o que não necessita de indenizações. Estamos trabalhando, também, no projeto de pavimentação, da primeira e segunda etapas, que vêm do condomínio, praticamente, no fim do Bairro Caça e Tiro até a Presidente Vargas.
Esse projeto, a gente encaminhou para a Caixa Econômica para ser avaliado, manda para o Ministério, e quando aprovado a gente já pode fazer a licitação para o asfaltamento, essa é a condição da obra. No nosso cronograma, até o fim do ano, fica pronta toda parte de esgoto sanitário. Hoje, a estação de tratamento fica no Caça e Tiro, está com 98% da obra concluída. Essas são as etapas, que se avançam bastante na questão do esgoto, já a questão da pavimentação é um pouco mais demorada, mas estamos trabalhando para fazer, pelo menos, dois trechos, que é até a Presidente Vargas.
Essa deve ser uma das maiores e principais obras de infraestrutura já realizadas aqui na cidade.
Com certeza. São cerca de R$ 57 milhões que foi vencido a licitação, começando com a Sul Catarinense e depois ela desistiu, sendo assim, a empresa STC está tocando os trabalhos. Acreditamos que é um dos maiores investimentos, logo em seguida vem o projeto do Minha Rua Melhor, que é um financiamento da Caixa Econômica, que a prefeitura conseguiu e estamos tocando o que se diz respeito às pavimentações das ruas.
Já que o senhor falou sobre o projeto das pavimentações, que era uma promessa de campanha do Prefeito Ceron, quantas ruas foram asfaltadas, quantas faltam e qual é a projeção de conclusão?
Nós estamos com praticamente 20 quilômetros entre ruas já licitadas e as que estão em processo de licitação. Estamos concluindo praticamente 40 ruas, que é feita a licitação. Também temos as ruas que a equipe própria da prefeitura vai fazer, como por exemplo, a Rua Aujor Luz, com 1.150 metros, que com a equipe própria o valor é menor, mas, infelizmente, não temos capacidade para tocar todas as obras.
As empresas que ganharam nas obras, estão cumprindo rigorosamente o prazo, porque é importante para a empresa, para nós e para a população. O grande pedido da população diz respeito ao asfaltamento das ruas. Estamos trabalhando firme nesse projeto, o prefeito Ceron tem dado toda a liberdade para nós, toda a equipe, temos acompanhado e cobrado a situação.
Entregamos, recentemente, algumas horas de serviço, de ruas importantes da cidade, e logo a abertura de mais ruas. O projeto Minha Rua Melhor é bem encaminhado, e vamos conseguir gastar os recursos nessas obras, que dá para a população mais conforto, e também para a prefeitura diminui a manutenção.
Temos praticamente 1.700 ruas na nossa cidade e disso, 40% são asfaltadas. Claro que não vamos conseguir atender a todos os pedidos, mas a prioridade em que o prefeito determinou, é para onde passa linha de ônibus, postos de saúde e unidades escolares, porque com toda certeza é o que a maioria da população utiliza.
Ainda falando desse projeto, a prefeitura foi cobrada na última semana com relação ao início das obras na Rua Cirilo Vieira Ramos, que foi dada a ordem de serviço já há algum tempo, e as obras não teriam começado. Gostaria que o senhor explicasse os motivos e qual é a situação.
Foi entregue a ordem de serviço, porque vai ser executada com a nossa equipe. Claro que sentamos para planejar, juntamente à Semasa, que vai fazer a parte de esgoto e a parte da água. Nós vamos fazer a drenagem e a parte de asfalto.
Fim do ano venceu o contrato do pessoal que estava em processo seletivo, sendo realizado um novo processo; e também o pessoal dos equipamentos deram férias coletivas para seus funcionários. Então, só iniciou no dia 20 de janeiro novamente, todos os equipamentos. Já estivemos com o Jurandir [da Semasa], que deu início aos trabalhos, vamos deixar ele trabalhar essa semana, na próxima semana vamos com uma equipe de drenagem.
Na verdade, não parou [a obra], mas é claro que as pessoas ficam incomodadas porque foi dada a ordem de serviço e não estava acontecendo os serviços. Mas, no início da semana, o pessoal da Semasa já começou os trabalhos, e logo entramos com a segunda etapa.
Nossa ideia é fazer por quadra, ou por trecho, para que cause menos transtorno para a população, pois sabemos o fluxo de veículos que passa por ali. Acho que é uma das ruas mais importantes, e a situação é bem complicada. Começamos do Caça e Tiro e bem em breve conseguimos colocar o asfalto.
Outra obra que é bastante esperada na nossa cidade, é o Mercado Público, que vai atender comerciantes, novos investimentos e possibilidades de lazer. O prefeito anunciou que será inaugurado em julho. Como será feita a ocupação desses espaços, quando a prefeitura vai começar a disponibilizar os espaços para quem tem interesse de estar no Mercado Público?
A obra está 60% concluída. A parte mais difícil já foi feita, hoje está mais tranquilo, claro que ainda tem bastante serviço pela frente. São cerca de 3.600 metros quadrados, entre a parte tombada e a nova, temos cerca de 40 boxes.
Como é espaço público, precisa ser licitado [para que as pessoas ocupem os boxes], então, a prefeitura, as entidades como CDL, Acil e demais, juntamente com o prefeito, estão trabalhando para analisar o melhor modelo de administração.
Estamos conhecendo, em outros lugares, o funcionamento, para ver qual a melhor maneira de administrar aqui. Estamos trabalhando firme para que em julho já tenha os comerciantes lá dentro. Lá terão várias atividades, como tabacaria, peixaria, açougue, restaurante, hortifruti, produtos regionais, uma série de atividades que serão desenvolvidas. Além do ponto turístico, porque o Mercado Público realmente vai ficar muito bonito.
Gostaria que o senhor falasse um pouco sobre a Área Azul.
Esse foi um desafio quando entrei na secretaria. Estava pendente e nós trabalhamos, contratamos uma empresa para que fizesse o processo licitatório que é bem complexo. Felizmente, vencendo todas as etapas, foram habilitadas duas empresas e agora o setor de licitação vai chamar a primeira para fazer a prova de conceito, com equipamentos, ver se está tudo certo.
Claro que tem os prazos de recurso, então, imaginamos que em 60 dias, se tudo correr bem, vai estar concluída essa etapa e vamos, finalmente, ter a Área Azul. É um anseio de toda a comunidade, dos comerciantes, porque hoje, infelizmente, não temos mais espaço para estacionar, e as pessoas ficam com o carro estacionado de manhã e só vão retirar no fim da tarde.
Ruim para todos, mas, infelizmente, é o que está acontecendo. No dia 3 de junho vai ser convocada a primeira empresa para fazer a prova de conceito, se já preencher toda a documentação, os equipamentos, vai ser habilitada.