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#CLentrevista a vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr
Correio Lageano: A senhora é a primeira mulher no Governo do Estado de Santa Catarina, eleita para cargo executivo. O que representa a sua presença, especialmente para o empoderamento das mulheres, na política?
Daniela Reinehr: Acima de tudo, é uma honra muito grande ser a primeira mulher a fazer parte do Governo do Estado de Santa Catarina, já faço parte da história, e quero deixar uma boa história, uma marca importante, a exemplo de muitas outras mulheres que temos no Estado. A nossa história feminina é muito bonita e rica, só posso me inspirar nas mulheres que me antecederam em outras funções, e que tiveram destaque e cumpriram honradamente seu papel na sociedade catarinense. Acredito que no nosso governo, Moisés e eu quebramos muitos paradigmas, o habitual era que o vice-governador não ocupasse função nenhuma, não tivesse um papel de muito destaque, mas estamos trabalhando em conjunto, todas as missões que o governador passa, procuro cumprir fielmente. Tenho possibilidade de fazer a minha própria agenda e de dar uma atenção [em casos] que o governador, em função da complexidade dos seus atos e da demanda, não consegue. A nossa missão, desde o início, sempre foi trabalhar juntos, uma união de esforços para desenvolver o Estado e fazer as mudanças que a gente precisa.
O seu partido, o PSL, é uma sigla nova no Estado, diante disso, como está a relação com os municípios?
A gente é Governo do Estado, a nossa missão é governar por Santa Catarina, fazer um trabalho pelo nosso Estado, tudo o que é legítimo e bom para o desenvolvimento de Santa Catarina é legítimo para nós e vamos abraçar. Isso não quer dizer que a pessoa vai chegar no Governo e sair com sua demanda atendida, porque estamos fazendo um levantamento do Estado, é pouco tempo de governo e todo dia tem coisa nova. Estamos fazendo uma leitura e uma auditoria. As demandas, estamos dando encaminhamento, independentemente do partido, pois é um município catarinense e damos toda atenção. Algumas coisas que os prefeitos costumam comentar, é que tentaram em governos anteriores por muito tempo e o Moisés prontamente atendeu, e essa é uma característica nossa. Nós somos servidores públicos e a gente tem de atender bem a todo cidadão catarinense e o seu representante. Tudo que estiver ao alcance do nosso governo, pelo bem de Santa Catarina, a gente vai encaminhar e dar seguimento.
A senhora falou sobre a mudança de paradigma na sua atuação enquanto vice, em off, conversamos sobre suas viagens aos municípios para conhecer a realidade. Como está acontecendo isso?
A demanda é muito grande e existem algumas situações que estou conseguindo cumprir, infelizmente, nem todas, porque o Estado é grande. Sempre que puder, estarei prestigiando tudo que Santa Catarina tem e faz de bom, a exemplo do evento de Lages (Encontro de Jovens Rurais), extremamente importante, o primeiro que a Epagri faz com o jovem empreendedor rural e é uma das coisas que me atraem muito, que gosto e que o Governo entende ser importante. Precisamos tornar o campo atrativo para que o jovem permaneça e empreenda.
A senhora pode fazer um breve avaliação desses primeiros meses à frente do Governo do Estado?
Tem sido um desafio bastante intenso. Encaro como um processo novo que recebi e que tenho de fazer um estudo muito grande, como todo o processo que a gente faz, não só eu como toda a equipe. Fizemos uma equipe bastante técnica, com profissionais de excelência. Nós, a exemplo da Epagri, procuramos profissionais de excelência para fazer parte do nosso colegiado e secretariado. Isso facilita muito para que a gente consiga cumprir o nosso projeto e as mudanças que o Estado necessita e que o povo pediu. Todo dia é uma surpresa não é uma coisa estática, todo dia aprendemos uma coisa e resolvemos da melhor maneira possível, dentro dos critérios que estabelecemos, de integridade, honestidade e eficiência. A nossa função é essa, trabalhar com integridade e entregar ao cidadão catarinense um serviço de qualidade dentro os pilares da boa governança.
Assista à íntegra da entrevista
Colaborou: Suzane Faita