Geral
Campanha do Agasalho: roupas devem ser doadas em boas condições
A estação mais fria do ano chegou, e o que para muitos é sinônimo de charme e beleza, para outros é um período de preocupação. Especialmente, na Serra Catarinense que é conhecida por ter recordes de baixas temperaturas e pessoas em situação de vulnerabilidade. É nessa época do ano, também, que surgem as campanhas do agasalho.
Em Lages, a Fundação Carlos Joffre é conhecida pela sua tradicional Campanha do Agasalho. Desde a década de 1960 com o próprio Carlos Joffre, a campanha já acontecia, mas depois da instituição da FCJ foi que a campanha se consolidou no formato que acontece até hoje. Mais de 20 empresas e instituições são parceiras e cedem espaço para receber as doações de agasalhos e cobertores que depois são destinados à fundação.
Mas, afinal, qual o caminho da doação?
Na hora de reservar no guarda-roupas os agasalhos que irão aquecer uma criança, adulto ou idoso, surge a dúvida de qual o verdadeiro caminho da peça de roupa. Na Campanha do Agasalho da Fundação Carlos Joffre, as roupas passam por algumas mãos até chegarem aos beneficiados.
Depois de doadas nos pontos de coleta, elas são levadas ao Ginásio do 1º Batalhão Ferroviário, no Bairro Conta Dinheiro, em Lages. Trabalham em uma equipe de 25 a 30 militares por dia, das 8 às 12 horas e das 13h30 às 17h30.
Várias folhas são fixadas nas paredes para delimitar o espaço dos tipos de roupa. A atividade é separar as peças de roupas por tamanho, gênero e estilo: camiseta, calça, bermuda, blusa e casaco. Além disso, são retiradas as roupas muito velhas, sujas, rasgadas ou íntimas. Essas não servem para doação, muito menos para o principal objetivo: aquecer as pessoas durante o frio. Depois de separadas, as peças são ensacadas, numeradas e identificadas pelo gênero e tipo. Até a última quarta-feira o Exército já havia separado 8.978 peças de roupas.
De acordo com o tenente Donizete, do 1º Batalhão Ferroviário, as roupas que não servem para doação são descartadas. E as selecionadas, são armazenadas para serem entregues à Fundação. 95% das peças que chegam, segundo o tenente, estão em ótimo estado de conservação. O que falta é a doação de agasalhos grossos, cobertores pesados e edredons.
A coordenadora da campanha Ivani Cavalca Andrade explica que enquanto os militares fazem a separação, as empresas e órgãos parceiros captam mais roupas e as entidades e associações fazem o cadastro para que as famílias possam receber as roupas.
Ivani ressalta que o serviço do Exército é de extrema importância, pois fazem a triagem, separação e contagem. Ela observa ainda que no dia D da captação de roupas na praça da Igreja Santa Cruz, quatro caminhões ficaram lotados de doação.
Após todo esse processo, o Batalhão faz uma cerimônia, com documentação e entrega todas as roupas selecionadas para Fundação Carlos Joffre, que repassa às entidades beneficentes, creches, hospitais e asilos as roupas.
Porém, segundo Ivani, são poucas as doações de roupas de criança e idosos. A coordenadora diz ainda que há alguns anos a fundação trabalha com qualidade e não quantidade. Por isso, as pessoas devem se conscientizar que é necessário doar peças úteis e não fazer uma limpeza do guarda-roupas para doar.
A importância de doar
Para a fisioterapeuta Bianca Oliveira, doar é uma forma de agradecer a Deus pelas coisas que possui. “Aprendi praticar doação com a minha mãe. Eu tinha 5 anos e ela me ensinava a separar as roupas que ainda estavam boas para darmos para meus amiguinhos do pré que não tinham. E alguns brinquedos também. Acredito que doar seja uma forma de agradecer a Deus por tudo o que temos, e nos permite a evoluir enquanto pessoas”.
A professora Fabiana Pilar se organiza todo ano. “Quando vai chegando o inverno, faço uma geral no guarda-roupa. E sempre percebo peças que ali estão e acabo não usando. Tenho sempre em mente que o que pra mim pode não estar sendo útil, para alguém será de grande serventia. Acho muito triste o ser humano passar frio. Pois talvez não possua condições financeiras para tal. E gosto muito de ser útil à outras pessoas”.
Pontos de arrecadação
- Prefeitura Municipal de Lages
- Secretaria M.do Meio Ambiente,
- Secretaria M. de Saúde e Unidades Básicas de Saúde,
- Secretaria M. de Assistência Social e Habitação,
- UNIPLAC – Universidade do Planalto Catarinense
- DCE – UNIPLAC
- 1º Batalhão Ferroviário – 1º BFv
- 6º BPM – Batalhão de Polícia Militar
- 5º BBM – Batalhão de Bombeiro Militar
- União das Associações de Moradores de Lages
- CDL – Comércio de Dirigentes Lojistas
- ACIL – Associação Comercial e Industrial de Lages
- Klabin
- Rádio Clube
- Rádio Massa
- Sistema Catarinense de Comunicações – SCC
- SBT Santa Catarina
- Cáritas Diocesana
- GERED e Escolas Estaduais
- Grupo de Escoteiros Heliodoro Muniz
- Grupo Escoteiros Lages
- SEST/SENAT
- Câmara de Vereadores
- DIRETRAN
- Stok Center
- Fórum Nereu Ramos