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Bombeiros alertam para os riscos de afogamento

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Para os próximos anos, objetivo do Corpo de Bombeiros é fazer patrulhas itinerantes para orientar pescadores, moradores e banhistas ao longo de 30 km do Rio Caveiras - Foto: Susana Kuster/ Arquivo CL

Para quem mora longe das praias, uma alternativa para driblar as altas temperaturas do verão é tomar um delicioso banho em lagos, lagoas, rios ou cachoeiras. Todavia, diferentemente das praias, estes locais não costumam ter guarda-vidas, o que torna os passeios um tanto arriscados quando não se tem os devidos cuidados.

Somente em 2018 o Corpo de Bombeiros de Lages registrou 10 óbitos por afogamento em água doce, número menor que o do ano anterior, quando foram registradas 17 mortes, mas tão assustador quanto.

“A maioria das mortes é de moradores, não de visitantes. É o pescador, o menino ou menina que vai se divertir. Por isso, estamos elaborando uma campanha de conscientização”, comenta o comandante da 1ª Companhia do Corpo de Bombeiros, Capitão Ivonilson Varela Duarte.

Anualmente, entre dezembro e março, o Corpo de Bombeiros realiza a Operação Veraneio na Localidade do Salto Caveiras, no interior de Lages. Neste local, apesar de não ser recomendado nadar, muitos lageanos e turistas se banham durante o verão. Neste período, bombeiros fazem vigilância, todos os domingos, para auxiliar a população.

A campanha a que Varela se refere tem a ver diretamente com o serviço de guarda-vidas prestado no Salto. Segundo ele, está sendo elaborado um projeto para que, nos próximos anos, ao invés de manter uma equipe fixa no Salto, os bombeiros façam patrulhas itinerantes, percorrendo 30 km pelo Rio Caveiras, desde a marina da ponte da BR-116 até o Salto Caveiras.

“Vamos orientar a todos, pescadores, banhistas e moradores. Queremos passar orientando este público, deixando folderes, falando sobre o uso de coletes salva vidas e do funcionamento de embarcações a motor”, explica Varela.

A primeira dica de segurança, que vale para todos, mas em especial para quem não sabe nadar, é manter a água, no máximo, na altura do umbigo. A recomendação é feita pelo Corpo de Bombeiros porque, com a água nesta altura é possível manter o controle do corpo, evitando acidentes. Outra advertência é para nunca nadar sozinho.

Varela alerta que, caso alguém presencie um afogamento, nunca deve entrar na água para tentar ajudar a vítima. “A primeira coisa a fazer é ligar para o 193. Se uma pessoa que desconhece as técnicas de natação e salvamento tentar fazer o salvamento, pode ser mais uma vítima. O ideal é que tente alcançar para a vítima um galho, uma corda ou uma boia e arraste para a margem.

Dicas para segurança

  • Crianças_ os adultos devem vigiar as crianças em tempo integral. Além disso, toda criança ou adolescente menor de idade tem sempre que estar acompanhado de um responsável e, sempre que possível, usar coletes salva-vidas
  • Alimentação_ após as refeições esperar entre 1h30 e 2 horas pra nadar, pois o processo digestivo exige bastante do organismo e pode causar sonolência. Essa combinação com o esforço ao nadar pode provocar desmaio e, consequentemente, afogamento;
  • Bebidas alcoólicas_ Assim como no trânsito, a mistura de álcool com natação pode resultar em tragédia, por isso, o recomendado é não beber quando quiser nadar
  • Boias e afins_ Colchões infláveis, boias, pneus e boias de braços dão a falsa sensação de segurança, pois se acontecer de o banhista perder o contato com estes equipamentos em locais profundos, pode ficar a deriva e se afogar
  • Ambiente_ em locais desconhecidos, o banhista deve evitar dar mergulhos ou saltos, pois como não conhece, não sabe se ali existem pedras e/ou tocos.
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