Geral
Batalha de RAP: propõe discussões sociais na Escola São Judas
A 2ª batalha de rap da Escola São Judas aconteceu na tarde de sábado e envolveu toda a comunidade escolar. A ação foi uma iniciativa para o Dia da Família na Escola, que também teve apresentação de capoeira do grupo Muzenza. A diretora Inaura Branco Souza destacou que essas ações envolveram mais de 130 pessoas e foi uma forma de trazer os pais para a escola. Também um planetário foi desenvolvido pelos alunos do ensino médio inovador.
A professora de Artes, Angela Waltrick, destaca que o objetivo foi atrair a comunidade e jovens para a escola. O rap é um estilo que não é tão conhecido, até mesmo a linguagem, por isso muitas vezes é hostilizado, então buscou-se trazer a realidade dos alunos para a escola, e a partir dessa vivência trabalhar os temas que fazem parte do cotidiano dos alunos. “A escola não é apenas cultura elitizada, nessa perspectiva, as escolas precisam se abrir para a realidade da comunidade para que a família participe”, reflete Angela.
Ele salienta que a parceria da escola com as famílias é essencial para mudar realidades de violência, para que a escola seja um lugar de cultura de paz, que valorize o conhecimento dos alunos. “Políticas públicas deveriam fortalecer atividades artísticas nas escolas, ou seja, apoio cultural com verba pública para cultura e arte”, enfatiza.
Quatro temas foram definidos para a batalha dos MCs: conhecimento, educação, família, escola, e a partir deles os alunos deveriam estudar para fazer os desafios de rimas. A única menina entre tantos meninos, ganhou o desafio. Caroline Machado, de 16 anos, aluna da Escola Pinto Sombra, do Guarujá, conta que se interessou pelo rap vendo batalhas no Youtube. Resolveu começar nas batalhas, pois considera que o “rap quebra padrões e fortifica a mente das pessoas. Isso me interessa e pela crítica social nas letras”, argumenta a jovem.
Ela conta que participa da “Batalha da Joca”, que são desafios de rap que acontecem aos domingos na Praça Joca Neves. Ela diz que os meninos a apoiam no rap e que se sente honrada em representar as meninas nessa cultura. Caroline foi a campeã do desafio, em 2º lugar Pedro Henrique Carillo Freire e em 3º Rafael Ouriques.
Organização
A primeira batalha aconteceu em novembro passado e como os alunos do ensino noturno demonstraram interesse no tema, outra batalha foi organizada pela diretora Nadir Coelho, pela professora Angela Waltrick e pelos ex-alunos da escola Natan Michel Lourenço de Oliveira e Bruna Hocksanna.