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Base de basquete de Lages comemora bom desempenho

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Alunos da Apabla treinma no Ginásio Ivo Silveira - Fotos: Adecir Morais

Quando começou a jogar basquete na Escola de Educação Básica Godolfin Nunes de Souza, no Bairro Penha, em Lages, há dois anos, o estudante Vinicio do Conto Souza, de 12 anos, jamais imaginava que chegaria tão longe no esporte. No entanto, o que parecia distante virou realidade e, atualmente, o jovem, de 1,77 metros, vive a expectativa de disputar uma final de campeonato estadual. 

Vinicio faz parte da equipe da Associação de Pais e Amigos do Basquete de Lages (Apabla). Pela primeira vez na história, o time vai disputar a final do Campeonato Catarinense da categoria sub-12. A data e o local da decisão ainda não foram definidas, a equipe treina visando o jogo decisivo.

O jovem declarou que está entusiasmado em poder disputar uma final de estadual. Ele lembra seus primeiros passos no basquete. “Fiz escolinha na escola onde estudo no ano passado. Já no início deste ano, foi convidado para treinar na Apabla. Estou muito orgulho, sempre me esforcei para chegar aonde estou”, comenta o jovem, que é um das promessas do basquete lageano.

Vinicio do Conto Souza integra a equipe da Apabla

Apabla

Fundada em 2015, a Apabla representa Lages no campeonato estadual das categorias de base, congregando, no total, cerca de 80 meninos de várias categorias. Além disso, a associação possui cerca 80 alunos em escolinhas em escolas públicas. Os jovens não pagam nada para participar das atividades.

Segundo o coordenador da instituição, professor João Lopes, o Pingo, nas escolinhas, as aulas acontecem duas vezes por semana. As atividades são gratuitas. Já os times que disputam o estadual treinam no Ginásio Ivo Silveira, de três a quatro vezes por semana.

Os trabalhos da Apabla, que começou jogando a Olesc e os Joguinhos Abertos, estão rendendo resultados positivos. Em 2016, a equipe foi vice-campeã estadual na categoria sub-17 e terceiro no sub-19. Naquele ano, havia a casa do atleta, para abrigar jovens de outras cidades, o que foi determinante para o bom desempenho da equipe.

Já no ano seguinte, a associação repetiu a colocação no sub-17 do ano anterior, além disso, ficou em segundo no sub-19. Já no ano passado, chegou à semifinal no sub-13 e, neste ano, com a mesma equipe, novamente está na semifinal, cujos confrontos acontecem neste fim de semana, no Estádio Ivo Silveira, em Lages. Além disso, nesta temporada vai disputar a final do sub-12.

Pingo lembra que se a equipe sub-19 tivesse recebido apoio, atualmente estaria representando Lages no basquete adulto.”Se a equipe tivesse recebido apoio, hoje teríamos um time adulto e com um custo praticamente zero. Os alunos vinham de fora para estudar e precisavam de ajuda apenas para alimentação” declarou.

Para se manter, a Apabla conta com o apoio Fundação Municipal de Esportes (FME), que oferece transporte aos atletas para as competições estaduais. Parcerias com a Trimania, Federação Catarinense de Basquetebol e Uniplac também fazem parte do bolo para manter o projeto em atividade. Além disso, grupos de pais e amigos do basquete realizam rifas e jantares para manter os alunos em atividade.

Futuro

Pingo destaca que, mesmo com dificuldades, os trabalhos de base do basquete está rendendo bons frutos. Apesar das dificuldades, os resultados dos últimos anos estão além da expectativa. “Planejamos uma coisa e hoje vemos que chegamos além das expectativas”, sustentou.

Ele acredita que com o atual trabalho de base do basquete em Lages pode, num futuro não tão distante, recolocar a cidade em posição de destaque no cenário do basquete estadual, assim como aconteceu nas décadas de 70 e 80, quando Lages era uma potência na modalidade. Daqui a seis anos, podemos ter um time adulto de qualidade apenas pratas da casa”, disse.

Para que a modalidade cresça, porém, Pingo defende que Lages crie uma política de incentivo ao esporte, contemplando não apenas o basquete, mas outras modalidades esportivas. Uma política que beneficie não apenas o atleta, mas os profissionais que atuam na modalidade. Para ele, o técnico precisa ser remunerado para ter “comprometimento a fim de entregar um produto de qualidade”.

Além da Apabla, os Colégios Bom Jesus e Objetivo trabalham, atualmente, com as categorias de base do basquete em Lages. Atletas destas escolas jogam pela Associação no Campeonato Estadual.

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