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Audiência pública propõe instalação da Ceasa em Lages

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Santa Catarina possui três unidades da Central de Abastecimento (Ceasa), uma fica em Blumenau, outra em São José e a terceira em Tubarão. Os supermercados da região serrana compram as frutas, verduras e legumes desses locais ou dos chamados atravessadores, que negociam direto com os produtores.

Há os que preferem trazer as mercadorias da Ceasa de São Paulo. Para facilitar o escoamento da produção e incentivar a agricultura da região, no dia 31, a partir das 19 horas, a Câmara de Vereadores, promove uma audiência pública sobre o assunto.

O evento deve reunir gestores municipais, a deputada federal, Carmen Zanotto, os deputados estaduais Marcius Machado e Rodrigo Minotto, além de representantes do Governo do Estado, da Ceasa e de entidades da sociedade civil organizada.

O vereador Osni Freitas (PDT) propôs a sessão, pois considera que uma unidade em Lages, além de favorecer os agricultores da Serra Catarinense, também seria um ponto de venda para os produtores do oeste do Estado.

Durante a audiência, os vereadores vão pedir um estudo de viabilidade para a instalação da unidade. Não é de hoje, que é solicitado uma unidade da Ceasa em Lages. Segundo o vereador Freitas, ele pede a instalação desde 2017, mas nunca obteve um retorno.

Uma unidade em Lages, não favorecia somente os produtores, mas também os consumidores. O gerente do Supermercado Myatã, Antônio Moreira, explica que hoje, um produto sai da fazenda e pode demorar até 20 dias para chegar nas prateleiras do mercado.

Nesse tempo, passa por vários tipos de transporte, que pode danificá-lo, além disso, quanto mais atravessadores o comprarem, mais caro ele fica para os clientes. “Acontece das frutas daqui serem vendidas para o Ceasa de São Paulo e alguns supermercados compram de lá para vender aqui.”

Municípios aprovam a iniciativa

A possível abertura da Ceasa em Lages, deixa os secretários de Agricultura da região, animados com a possibilidade dos produtores terem mais incentivo. O secretário de Agricultura de Urubici, Adelmo Ribeiro de Souza, acredita que os agricultores ganhariam mais uma fonte de escoamento e, com isso, teriam um maior valor agregado em seus produtos. Hoje, o município tem como forte as plantações de tomate, repolho, cebola e milho, que são vendidas principalmente para o Rio Grande do Sul, Florianópolis e São Paulo. 

Outro ponto positivo com uma unidade da Ceasa em Lages, seria o lucro para os agricultores. O secretário de Agricultura de Rio Rufino, Irineu José Sartor, conta que hoje grande parte da produção é vendida para os atravessadores, o que encarece o valor para o consumidor e diminui o lucro para os agricultores. “Com a Ceasa, não seria necessário o atravessador”.

O estímulo na produção também é uma questão que seria fomentada, segundo a visão do secretário de Agricultura de Bocaina do Sul, Jorge da Luz Córdova. “Hoje, produzimos milho, feijão, cebola, tomate, morango e hortaliças. A produção poderia ser maior se os preços fossem melhores para os agricultores”.

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