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Artista lageano Felipe Corso faz a primeira exposição
São três diferentes obras dentro de uma única exposição, compostas por apenas um artista. Felipe Corso Fraga, de 39 anos, expôs seu trabalho pela primeira vez na Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac).
Desenhos feitos no papel, miniaturas (obras em 3D) de carros de fórmula 1 e caminhões, e obras em telas, a qual são chamadas “De Volta ao Passado”. Futuramente, ele quer mostrar seu trabalho em outras exposições, que já estão sendo planejadas.
Um dos objetivos da exposição foi apresentar os conceitos da arte. Felipe é orientado e analisado por Angela Waltrick, a qual é considerada uma importante artista plástica Catarinense. Assim, as obras de Felipe são classificadas como arte contemporânea, arte conceitual e arte memória e para cada uma variedade existe uma história.
O lageano é filho de Edi Corso e Luiz Alberto Corrêa Fraga, irmão gêmeo de Daniel Corso Fraga. Graduado em Administração e Turismo pela Facvest, no ano de 2005, Felipe sempre gostou de desenhar carros e caminhões desde os 20 anos de idade, pois o seu passatempo, naquela época, era desenhar.
Seu interesse também esteve voltado à pintura em tela. Iniciou curso com o artista visual Jonas Malinverni em 2007, onde aprendeu muito. Continuou se dedicando à pintura até 2010.
Na época, começaram a surgir outros interesses a partir de uma viagem em família com destino a Piratuba-SC. No trajeto, se deparou com um rapaz que estava vendendo carros de fórmula 1 confeccionados em madeira. Observou o processo de criação e transformou em um novo processo envolvendo outros materiais.
Seu ato criador passou a existir através de esboços inspirados nos carros de fórmula 1 e em caminhões visualizados nas mídias digitais e nas estradas. A transformação do desenho em 3D se concretizou pelo uso de resíduos encontrados no seu ambiente de trabalho, entre eles a base em papelão.
Os acabamentos foram surgindo com a utilização de outros materiais de reaproveitamento e, com uso da criatividade e impressões digitais, as réplicas ganharam vida.
Quando terminou o segundo carro, o trabalho foi visto por amigos e divulgado no Supermercado Martendal, despertando interesse das pessoas por este novo produto com finalidades que vão da decoração, coleção ou presente de aniversário.
Em 2019, começou em outro emprego e a sua paixão por carros já está contagiando os seus novos colegas de trabalho no Supermercado Milênio.
Pretende continuar sua carreira artística criando outras miniaturas e incentivando crianças e adolescentes a se apaixonarem pela fórmula 1 e pelo esporte, como forma de ficarem longe das drogas. E para quem é adulto ou idoso, está é a possibilidade de colecionar as miniaturas de carros raros ou guardar como recordação a miniatura do seu próprio carro.
Para fazer os carros de fórmula 1, Felipe levou um mês e meio, e os caminhões, a qual cada detalhe é pensado, foram três meses. “ Expor isso, é um sonho realizado”, comenta o artista.
>> Análise da artista curadora
A artista Angela Waltrick foi a curadora responsável por avaliar o trabalho minucioso de Felipe. “Essa avaliação possibilitou a entrada dele para o mundo da arte. É um trabalho detalhado e apenas artistas desenham o que enxergam, pois quem desenha, não é sua mão, mas sim seus olhos. Pois se seus olhos não percebem seu cérebro não comanda. E ele tem essa capacidade”, avalia Angela.
Ela também explica que os caminhões 3D, são produtos finais de um processo, a qual se chama arte conceitual, porquê ele está saindo do desenho e indo para o conceito. “O conceito é mais importante que o produto final, o carro de fórmula 1 passou por um processo, de sair do esboço para o material e transformar esse material em algo real.”
Além da arte conceitual, está envolvida a arte memória nas obras de Felipe, pois com um dos caminhões 3D, ele deu vida as memórias da convivência com o avô, que na época tinha um caminhão. “Essa exposição é uma autobiografia, conta uma parte da vida dele”, conclui Angela.
Tenho preferência pelas fotos 1,6 e 10
Fotos: Exposição Felipe Corso
Créditos: Marcela Ramos
Angela me enviou uma foto do dia que montaram a exposição
Foto: Artista Felipe Corso e seu irmão gêmeo Daniel
Crédito: Divulgação