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Aos poucos caminhões começam deixar a BR-116
Atualização 13h43
Na manhã desta quarta-feira (30), no décimo dia da manifestação dos caminhoneiros em todo Brasil, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) com o apoio do Exército Brasileiro iniciou uma operação conjunta para desmobilizar pontos de concentração de manifestantes. Os caminhoneiros protestam contra o aumento do diesel, e a mobilização é nacional.
Para a ação, que acontece de modo pacífico, foram acionadas equipes extras da PRF e do Exército. São diversos policiais mobilizados, com muitas viaturas, que foram posicionadas em toda a área na BR-116, próximo ao Posto Ampessan, em Lages.
De acordo com o superintendente da Polícia Rodoviária Federal em Santa Catarina, Carlos Magno da Cruz Júnior, a operação de desmobilização é nacional. “A polícia e o Exército estão indo os pontos de manifestação e retirando caminhoneiros que estão sendo coagidos a ficarem nos locais. A liberação total da via, caso necessário, também será feita”, informa.
Ainda de acordo com a PRF, até a manhã desta quarta, mais de 30 caminhões deixaram o local. Ainda de acordo com o policial, a operação tem o objetivo de dar o direito de ir e vir. O motorista Fábio Canton, do Rio Grande do Sul, decidiu sair da manifestação e voltar para casa. “Já que liberaram vou sair. Embora concorde com as reivindicações da categoria. Trabalho de empregado, e não posso reclamar da minha situação”, disse.
Enquanto isso, manifestantes contestam a informação do número de caminhões. Segundo eles, até a manhã de hoje apenas três caminhões haviam saido dali para ficar na base, só por questões de segurança.
Durante o período em que a equipe do Correio Lageano esteve no local, nove caminhões pegaram a estrada. Confira a galeria de imagens.
ões pegaram viagem.
Quem decidiu ficar no local da manifestação contesta a ação da polícia e do Exército informou que ninguém deixou o local. Para os caminhoneiros, agora não é hora de desistir, e que ficarão até que as reivindicações sejam atendidas, pois o que o Governo Federal publicou um acordo que não atende as necessidades da categoria. “A ideia é ficar aqui para não morrer de fome. Não estamos segurando ninguém, quem está mobilizado é porque está lutando por melhorias”, disse o motorista Ivan Rezende.
Edson Rogerio Barbosa, simpatizante do movimento, também não concorda com a mobilização, para ele, ao invés só da categoria ter parada, a população em geral deveria ter apoiado mais. As pessoas tem que entender que a paralisação dos caminhoneiros é favor de todos, não só da classe”.
Para o motorista, Diego Vestarp, de 30 anos, que trabalha como autônomo, a retirada dos caminhões do local, é uma afronta. Ele argumenta que não obstruíram a rodovia,e que também permanecerá paralisado, até que se tenha uma definição. À tarde será realizada uma assembleia com os manifestantes para decidir se mantém ou não a paralisação.
No Brasil
Desde à noite de terça-feira, equipes da PRF e de outras forças de segurança pública têm feito ações de desmobilização nos pontos de manifestação de caminhoneiros, em diversas regiões.
A Polícia Rodoviária informou que já liberou pelo menos 742 pontos de bloqueios em rodovias, com o objetivo de reforçar a fluidez do tráfego, restabelecer a operação de serviços essenciais, como aeroportos e hospitais, e garantir a segurança dos caminhoneiros que querem voltar a exercer suas atividades.
Mais de 56% das aglomerações já foram desbloqueadas e, segundo a PRF, não havia, no início da noite de ontem, nenhum bloqueio total. Já foram feitas pelo menos 386 escoltas em 973 carretas, e 14,7 milhões de litros de combustível entregues em todo o Brasil.