Geral
Anac muda legislação
Um dos grandes impasses para o início da operação dos voos comerciais no Aeroporto Antonio Correia Pinto de Macedo, em Lages, foi a compra de um caminhão de combate a incêndios, que foi repassado para o município pela Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC). Agora, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) atualizou a legislação, determinando que aeroportos com movimentação inferior a 200 mil passageiros por ano, não precisarão manter caminhões para operar. Em Lages, a movimentação anual é de cerca de 20 mil pessoas.
A alteração foi feita em dezembro do ano passado. Uma das justificativas para a mudança, é a economia de gastos gerados com a manutenção do serviço. De acordo com a Anac, o sistema de combate a incêndio custa, em média, R$ 20 por passageiro nos aeroportos com movimento inferior a 200 mil passageiros por ano. Nos aeroportos maiores, com movimentação superior a 5 milhões de passageiros por ano, o custo é de R$ 0,58. Caso esses estabelecimentos sem caminhão apresentem alguma emergência, os bombeiros da cidade deverão controlar a ocorrência.
O sócio diretor da Infracea, Fernando Siqueira, que administra o aeroporto de Lages, explica que isso não significa que o veículo já existente em Lages, será retirado. Inclusive, ele acrescenta que é muito difícil que um caminhão seja transferido de aeroporto. Isso contribui para a informação de que esse veículo pertencia ao Aeroporto Regional de Correia Pinto. Desde que sua empresa assumiu o aeroporto em Lages, Fernando enaltece que não foram avisados sobre a possibilidade do veículo, de combate a incêndio, ser transferido para Correia Pinto, assim que aquele aeroporto entrasse em operação. Além disso, para que o Aeroporto Regional comece a funcionar, já não é mais obrigatória a existência de um veículo exclusivo.
O caminhão que atualmente está no aeroporto de Lages, foi adquirido por R$ 1,6 milhão pela SAC e repassado para o município em fevereiro de 2016. Fernando explica que a manutenção do veículo é feita diariamente. Como é usado somente em emergência, o caminhão é pouco utilizado.
Novos voos
Sobre as negociações para novos voos, Fernando explica que tem participado de reuniões para tentar trazer novas conexões para Lages. Ele exalta que há interesse da Infracea em aumentar o número de voos e já esteve conversando com outras empresas, além da Azul Linhas Aéreas. Ele acrescenta que, para que isso seja possível, é necessário que haja procura de passageiros, para que se torne atrativo para as empresas.