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Amures discute energia solar para a região

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O presidente do Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal), Mauro Passos, foi quem iniciou a conversação sobre o assunto - Foto: Camila Paes

A Federação Catarinense dos Municípios (Fecam) tem organizado eventos para estimular o uso da energia solar no Estado. Na quarta-feira (5), o encontro aconteceu na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Lages, onde algumas associações municipais começaram a discutir o uso de placas solares.

O presidente do Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal), Mauro Passos, foi quem iniciou a conversação sobre o assunto. Ele explica que estão mostrando a viabilidade e a forma de reduzir as despesas das administrações públicas.

O uso de placas fotovoltaicas para baixar os custos da iluminação pública pode diminuir drasticamente os gastos, além de diminuir a poluição. A Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures) fez um levantamento que o custo mensal da região é de R$ 470 mil com energia elétrica e um consumo de aproximadamente 5,3 megawatts.

A proposta apresentada no seminário Municípios Solares é a utilização de energia fotovoltaica solar como alternativa para iluminação pública, não apenas gerando a energia consumida, como excedentes que podem ser comercializados de acordo com a portaria 482 da Aneel.

Trata-se de uma fonte de energia limpa e  sustentável do ponto de vista ambiental e econômico. O seminário definiu pela realização de um estudo de viabilidade de implantação de uma usina de energia solar através do Consórcio Intermunicipal Serra Catarinense (Cisama) ou de projetos via municípios interessados. O BID possui um programa de financiamento via BNDES/BRDE que pode ser acessado pelos municípios.

Ou seja, em forma de consórcio, os municípios interessados se juntariam e investiriam na criação de uma usina. A energia gerada nesta usina seria distribuída equivalentemente ao valor investido por cada administração.

Essa energia poderia ser usada para a iluminação pública, em escolas e órgãos públicos. Mauro explica que não há empecilhos para a instalação e é preciso vontade política para que se torne realidade.

Sobre os investimentos

Mauro explica que o valor pago hoje para as companhias elétricas poderia ser usado para a instalação das placas, entretanto, o retorno financeiro ocorreria entre 5 e 7 anos. Um exemplo em Santa Catarina é o município de Três Barras que está implantando sistemas de coletores de energia solar em escolas da rede pública.

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