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Aeroporto estará pronto até meados deste ano, afirma secretário
“O Aeroporto Regional do Planalto Serrano, em Correia Pinto, entrará em operação até a metade deste ano, com isso, ficará apto a receber pousos e decolagem.” A afirmação é do secretário de Infraestrutura de Santa Catarina, Carlos Hassler, que, na sexta-feira (17), vistoriou in loco a situação do empreendimento, que encontra-se em processo de homologação pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Em Lages, Hassler participou de uma reunião com lideranças políticas da Serra e empresários, nas dependências da antiga sede da Agência Regional de Desenvolvimento (ADR). Ele foi cobrado a respeito do lento processo de homologação aeroporto. Admitiu estar frustrado por não ter liberado o empreendimento até o fim do ano passado, mas garantiu que agora as coisas estão andando.
A construção do Aeroporto Regional, uma obra considerada essencial para o desenvolvimento da Serra, estende-se desde 2002. No total, os investimentos já ultrapassam R$ 63 milhões, com recursos da União e do Governo do Estado.
Atualmente, o local está sendo administrado pela empresa Infraero, que firmou contrato com o Governo do Estado para encaminhar a homologação do empreendimento, recebendo R$ 140 mil mensais para tal.
Durante a reunião, Hassler afirmou que o aeroporto tinha uma série de pequenos problemas estruturais.
Porém, lembrou que, das não-conformidades apontadas durante vistoria feita pela Anac no mês de passado e que impedem a homologação do aeroporto, apenas uma está pendente. Trata-se de uma rachadura no piso do pátio, mas o problema já está sendo resolvido. “A Infraero prometeu resolver esta pendência até a próxima quarta-feira (22)”, garantiu.
Resolvida essa pendência, o secretário disse que será feito o registro fotográfico com a solução do problema e enviado para a Anac.
Em seguida, será encaminhado o pedido para a liberação do aeroporto. Superada essa questão, a liberação ficará dependendo apenas de questões burocráticas. “Temos um calendário até o mês de junho [para que o aeroporto fique pronto para receber voos regulares]”, declarou.
O que o secretário deixou claro é que, a princípio, o aeroporto será aberto para voos sem equipamento. As atividades por instrumento seriam feitas no segundo momento, porque a Infraero não tem pessoal capacitado para operar os equipamentos, além disso, o contrato com a empresa não permite este serviço.
Sendo assim, uma nova empresa será escolhida, via licitação, para fazer a manutenção e a operacionalização dos instrumentos. “O processo de licitação logo estará na praça.”
Viabilidade
Uma das questões discutidas durante a reunião foi em relação à viabilidade do aeroporto em questão. Presente no evento, a deputada Carmen Zanottto (Cidadania) demonstrou preocupação neste sentido e declarou que um dos desafios será garantir os voos regulares após a liberação do empreendimento para pousos e decolagens.
Para ela, é preciso criar condições para fortalecer os voos na região, tornando a atividade atrativa para as empresas aéreas.
Nesse sentido, a parlamentar citou a questões da isenção de imposto sobre o combustível das aeronaves, como forma de tornar o valor das passagens mais acessível, e o fomento e o fortalecimento do setor turismo regional, como forma de atrair mais visitantes para a região, garantindo, consequentemente, maior fluxo de passageiros.
O presidente da Comissão Pró-Voo Regional da Associação Comercial e Industrial de Lages (Acil), Anderson de Souza, garantiu que, do ponto de vista de demanda de passageiros, o Aeroporto Regional tem viabilidade.
Ele lembrou que a pesquisa “Brasil que Voa” mediu o potencial de demanda de passageiros e identificou que, em média, 120 pessoas por dia utilizam voos diariamente em Lages. “Eu não tenho nenhuma dúvida em relação à viabilidade do empreendimento”, afirmou.