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Acidente com aeronave de pequeno porte em Lages

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Atualizada às 13h56 (19/06/2019) 

Um caminhão munk foi usado para içar e rebocar a aeronave de pequeno porte que saiu da pista ao aterrissar no Aeroporto Antônio Correia Pinto de Macedo, em Lages, no final da manhã de ontem. O aeroporto ficou interditado por algumas horas. Havia três pessoas na aeronave na hora do acidente: piloto, copiloto e um passageiro. No instante da aterrissagem, quando o piloto tocou o chão, o trem de pouso recolheu. Foi aí que perdeu o controle e saiu da pista. Ninguém se feriu.

A aeronave Embraer 711 (EMB-711), Código Fonético PT-NXT, com capacidade para quatro passageiros, da empresa Felisberto Córdova Advogados, de Florianópolis, estava se deslocando do Aeroclube de São José, na Grande Florianópolis, para Lages e, de acordo com o gestor operacional da Infracea Controle de Espaço Aéreo (administradora do Aeroporto Federal), capitão Marconi Augusto Farias de Oliveira, baseado no relato do piloto, ao ingressar no circuito de tráfego, deu comando para baixar o trem de pouso, não obtendo êxito, seguiu o procedimento padrão de baixar manualmente, tentando efetuar o pouso.

Segundo disse o piloto a Marconi, o avião chegou a tocar o solo, correu um pouco na pista, mas logo ele percebeu que o trem de pouso do lado direito começou a se recolher e adotou a medida de sair da pista, derrapando e parando no solo com gramado, à beira da pista. O avião deveria ter pousado cerca de 90 metros à frente de onde estava. Da borda da pista parou a 15 metros de distância.

O fiscal de pátio do Aeroporto Federal estava acompanhando o pouso e prestou apoio e o Corpo de Bombeiros foi acionado. “Eu elogio o piloto, que conseguiu pousar bem, apesar do recolhimento do trem. Havia familiares e amigos aqui em aguardo e levaram os passageiros, que estavam bem. Eles foram aexaminados pelos bombeiros e liberados”, diz Marconi.

Policiais militares estiveram no local. O piloto foi orientado a reivindicar a produção de um Boletim de Ocorrência (B.O.) até por exigência da seguradora para prestação de assistência.

Investigação

A Infracea acionou o Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa V), com sede em Porto Alegre (RS), através do tenente Almeida, oficial da Aeronáutica, que averigua fotos e filmagens de vários ângulos, incluindo parte de baixo, em material produzido pela administradora do aeroporto, e colhimento de depoimento do piloto. A investigação deve se prolongar por 90 dias.

O veículo aéreo foi guinchado, a partir das 16h, e levado para um hangar no próprio Aeroporto.

Após a remoção do avião, a pista passará por vistoria detalhada. Previamente, foi detectado que dois balizamentos luminosos foram danificados com a colisão, mantendo-se intactas as bases.

Pelo regulamento são aceitáveis até três balizamentos queimados, se ultrapassados, há interdição. A equipe técnica da Infracea irá consertar as peças. O Aeroporto possui mais de 50 balizamentos ao todo a pista que tem 1.500 metros. É instalado um balizamento a cada 50 metros.

 

 

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