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Abrigo Temporário encerra atividades em 2018
A Secretaria de Assistência Social e Habitação encerrou, no domingo (4), as atividades deste ano do Abrigo Temporário de Emergência. O serviço funciona desde 2016 e oferece, durante o período de inverno, uma refeição e um local para que pessoas em situação de rua possam passar a noite. Em 2018, o abrigo funcionou de junho a novembro e, neste período, mais de 4,7 mil pessoas pernoitaram no local.
O projeto surgiu a partir da necessidade de oferecer um local adequado para que as pessoas em situação de rua pudessem passar a noite, especialmente durante o inverno bastante rigoroso na cidade.
O serviço funciona com recursos Federais e do município. Neste ano, de acordo com o secretário Samuel Ramos, foram investidos aproximadamente R$ 100 mil. Em 2019, a projeção é que volte a funcionar entre junho e outubro.
A assistente social e coordenadora do abrigo temporário Rose Ferreira, destaca que além dos investimentos federais e municipais, também foi importante para a boa realização do serviço, o empenho e o comprometimento da equipe da Diretoria de Proteção Social Especial de Alta Complexidade; e a parceria com a Paróquia Sagrada Família, que deu sua contribuição com alimentação para os internos, doações, o próprio espaço onde esteve o abrigo nos últimos meses.
Durante o período de funcionamento, as pessoas em situação de rua puderam ser atendidas pelo serviço, com hospedagem e uma refeição (jantar). O Abrigo Temporário recebe pessoas que não se enquadram em outros serviços, como o Acolhimento Pop (atendimento noturno, com pernoite) e o Centro Pop (atendimento diurno, com encaminhamentos sociais).
Para participar destes dois últimos a pessoa em situação de rua precisa obedecer a diversas regras, como passar por acompanhamento psicológico, o que não é obrigatório para pernoitar no Abrigo Temporário.
Demanda
De acordo com Samuel, entre junho e novembro foram atendidas uma média de 50 pessoas por noite no abrigo. Apesar de o serviço estar preparado para atender a homens e mulheres, a predominância da demanda é de homens. Além disso, um considerável número dos que receberam o atendimento são pessoas que vêm de fora de Lages.
A procura pelo Centro Pop também tem sido grande e, em 2018, aumentou consideravelmente: foram mais de 8,7 mil atendimentos até outubro, contra 1,7 mil durante todo o ano de 2017. “Um dos fatores que contribui para este aumento tão expressivo da procura pelo serviço é a migração de pessoas que vêm em busca de emprego na região. Eles chegam aqui, às vezes não conseguem emprego e ficam sem ter como voltar para suas cidades, então, a secretaria acaba disponibilizando este atendimento”, completa.
Abrigo temporário 2018, em números
- +4,7 mil pessoas pernoitaram no local entre junho e novembro
- +5,6 mil refeições (jantares) foram servidas
- 17 pessoas atendidas foram inseridas no mercado de trabalho
- 9 retornaram para suas famílias
- 8 saíram das ruas (alugaram imóveis)
- 7 encaminhadas para o serviço de Acolhimento Pop
- 4 realizaram cursos profissionalizantes
- 2 encaminhadas para comunidades terapêuticas