Geral

20 pessoas morrem afogadas em SC, em 17 dias   

Published

em

Para sair de uma corrente de retorno é preciso nadar para os lados. Foto: WikiHow/Divulgação

O verão começou há pouco tempo, mas o Estado já registrou 20 mortes desde o dia 12 de dezembro até às 16 horas de domingo (29). O calor e o movimento intenso no litoral proporcionam um fluxo alto nas praias catarinenses e o Corpo de Bombeiros alerta para os principais cuidados que se deve ter ao entrar no mar. Mesmo que a pessoa saiba nadar, o mar pode ser perigoso, principalmente nas chamadas correntes de retorno, onde as águas puxam o banhista para o alto mar com muita força.

Nos pontos em que há as correntes de retorno, há sinalização dos bombeiros para que o banhista não entre na água. Outra dica dos bombeiros é entrar somente em locais com posto de salva-vidas, assim o risco de se afogar é menor, já que haverá um profissional cuidando da área. Se a pessoa não visualizar a bandeira vermelha ou a placa de indicação que aponta o local com a corrente de retorno, há outra forma de encontrar essa corrente perigosa. 

Você pode visualizar como o mar fica com essa corrente no vídeo abaixo. As ondas não quebram como nos outros pontos e visualmente se enxerga uma força grande puxando a água de volta para o mar, de forma vertical. Os bombeiros frisam que ao entrar em uma corrente de retorno é preciso nadar para os lados e nunca contra a água. A força é muito grande e nadar contra a corrente é difícil, exige muito preparo físico. Dependendo da corrente, o repuxo pode ser mais fraco ou forte e o ponto em que a água sai dessa corrente, também varia. Na maioria das vezes, os bombeiros destacam que quando a corrente para de puxar já é alto mar, ponto em que a pessoa não consegue encostar o pé no fundo e isso pode causar desespero. 

Operação Veraneio vai até o mês de abril

Bombeiros de todo o Estado integram a Operação Veraneio, que começou no dia 5 de outubro com o início da baixa temporada e vai até dia 13 de abril. Neste período existirão 384 postos de guarda-vidas ao longo de 325 km de praias, representando 58% do litoral catarinense. São 2,1 mil profissionais envolvidos, entre guarda-vidas civis e militares, que trabalharão em regime de escalas, com cerca de 1,3 mil empregados por dia. Foram encaminhados 10 bombeiros da Serra para o litoral. Neste ano foram investidos mais de R$ 17 milhões para o ressarcimento dos guarda-vidas civis e também para a compra de equipamentos. 

Há novidades que auxiliarão no trabalho de prevenção nesta Operação Veraneio. O aplicativo Praia Segura, criado pelos bombeiros em 2017, permite que o usuário verifique as condições do mar, as bandeiras das praias, os locais com ocorrências de águas-vivas, e, neste ano, tem uma nova funcionalidade, permitindo que as pessoas verifiquem a situação de balneabilidade das praias catarinenses, em uma parceria com o Instituto do Meio Ambiente.

Também, neste ano, os locais de água doce, como os rios, lagoas e cachoeiras, por exemplo, estão recebendo sinalização, para que os acidentes nestes locais sejam reduzidos.

Fonte: Corpo de Bombeiros de Santa Catarina 

Assista como se parece uma corrente de retorno

Dicas do Corpo de Bombeiros para não se afogar

– Não superestime sua capacidade de nadar. Avalie as consequências de um possível incidente.

– Em água doce ou salgada, prefira banhar-se em locais rasos e sem correnteza.

– Se notar que está sendo arrastado por uma dessas correntes, mantenha-se calmo e tente acenar ou gritar por socorro enquanto nada para o lado, em vez de para o raso.

– Não tente salvar pessoas vítimas de afogamento sem estar habilitado. Neste caso, lance algum objeto que a ajude a vítima a flutuar e acione guarda-vidas ou a emergência pelo telefone 193.

– Crianças exigem cuidado redobrado. Não as perca de vista.

– Sempre que possível, opte pelo uso do colete salva-vidas ao invés de objetos flutuantes.

– Nunca nade após ingerir bebidas alcoólicas, alimentos ou se estiver passando mal ou com frio.

– Evite aproximar-se de costões. Ao caminhar sobre as pedras destes ambientes, observe antes se uma onda não poderá atingi-lo e jogá-lo no mar.

– Antes de mergulhar, certifique-se da profundidade. Um acidente pode provocar sequelas irreversíveis.

– Para maior segurança, banhe-se num raio de 200 metros do posto de guarda-vidas.

– Atente para a sinalização de praia. Observe a bandeira fixada no posto dos guarda vidas:

  • Vermelha: risco elevado de afogamentos
  • Amarela: risco médio de afogamentos
  • Verde: risco baixo de afogamentos

– As bandeiras vermelhas na faixa de areia indicam as correntes de retorno. Não nade nestes pontos.

– Sempre acate as orientações dos guarda-vidas.

Ambientes domésticos também exigem cuidados 

No Brasil, segundo o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, estima-se que ao menos 7 mil pessoas são vítimas de afogamento a cada ano. Parte destes óbitos ocorre em ambiente residencial e envolve crianças pequenas. Veja algumas recomendações para diminuir o risco deste tipo de ocorrência:

 – Mantenha portas de áreas de serviço e banheiros fechadas.

– Guarde recipientes como baldes e bacias de cabeça para baixo.

– Instale redes de proteção no entorno de piscinas.

– Evite o uso de boias ou flutuadores, prefira um colete salva-vidas.

– Não mantenha brinquedos próximos à piscina. Isto atrai crianças.

– Jamais deixe uma criança sozinha na piscina.

– Após utilizar a piscina, impeça o acesso ao espaço.

Fonte: Site do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina

clique para comentar

Deixe uma resposta