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Venda do pinhão ainda é modesta
Desde segunda-feira (1º), a colheita e venda do pinhão estão autorizadas em todo o Estado. Em Lages, quem quis comprar o produto precisou se deslocar até as rodovias no entorno do município para encontrá-lo. Isto porque, a maioria dos supermercados e verdureiras da cidade ainda não tinham pinhão disponível em suas gôndolas.
Segundo o vice-presidente regional da Associação Catarinense de Supermercados, Jackson Martendal, na segunda muitos estabelecimentos ainda não tinham recebido dos produtores. Martendal ressalta que, assim que são recebidos, os pinhões já podem ser colocados na prateleira, por isso, acredita que a situação deve se regularizar e, nos próximos dias, o produto estará disponível nos supermercados.
Claudiomar Vanin de Moraes produz pinhão há 20 anos, no interior de São José do Cerrito e comercializa o produto às margens da BR-282, em Lages, há sete anos. No meio da manhã de segunda, ele já estava no local fazendo a venda. Na sua banca ele vende pinhões produzidos por ele mesmo, mas Moraes também compra e revende de outros produtores da região.
Segundo ele, em 2019, a produção foi 90% menor que em anos anteriores, o que interfere no valor. Moraes acredita que, devido à escassez do produto neste ano, a procura e, consequentemente, o preço, devem aumentar.
“Em 20 anos que trabalho com pinhão, este é o ano que o quilo está mais caro (ele vende a R$ 15). Pinheiros que davam uma média de 200 pinhas têm previsão de produzir entre 15 e 20 pinhas neste ano. Isso atrapalha a venda porque o valor é alto e muita gente não vai poder adquirir. A gente que produz e revende, também está pagando um valor alto”, comenta.
Na safra passada, foram produzidas cerca de três mil toneladas da semente. A expectativa, segundo a Epagri e o Sindicato Rural, é que a produção seja cerca de 80% menor em comparação com a do ano passado. Se isso se concretizar, a safra 2019 será de apenas 600 toneladas, ante 3 mil toneladas em 2018.