UPA se prepara para atender crianças e adolescentes

A partir do dia 14 de janeiro de 2020, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Lages passará a atender o setor da pediatria. Conforme o gerente da UPA, Gilmar Ribeiro, serão atendidas crianças e adolescentes que apresentem casos de baixo risco, ou seja, situações de diarreia, gripe, infecção de garganta, bronquiolite, crise de asma leve a moderada, realização de suturas, alergias, infecções de pele, dor abdominal, dentre outros quadros semelhantes a estes. Também ressalta, que crianças com menos de 40 dias, devem ser levadas diretamente ao Hospital Infantil Seara do Bem (HISB). 

Em situações graves, como traumatismo, quedas, acidentes, pacientes que necessitam de UTI, crise de asma grave, doença do coração já diagnosticada; o paciente deve ser encaminhado ao HISB. Em casos em que o Samu realizar o atendimento, também será levado direto ao Hospital Infantil.

A secretária de Saúde de Lages, Odila Waldrich, explica que as crianças e adolescentes, que chegarem ao Hospital Infantil com casos ambulatoriais (pouco urgente), nos primeiros 60 dias após a mudança,  terá um veículo disponível para levá-los até a UPA. Da mesma forma, a UPA oferecerá a ambulância para fazer o transporte do paciente que apresenta caso grave, até o HISB.

Além de receber adultos, a UPA também foi projetada para atender o setor pediátrico, e para suprir a demanda, conforme Gilmar, foram contratados 28 técnicos e enfermeiros. 

A diretora de Atenção Básica,  Francine Formiga, explica que três médicos do Seara do Bem serão transferidos para a UPA, o que totaliza seis. Três para as crianças e três para os adultos, ambos vão trabalhar por turnos. 

“O Hospital Infantil apenas nos emprestou o local durante esses anos para atender as emergências pediátricas, agora, só está devolvendo o que é trabalho nosso, ou seja, nossos médicos que trabalham lá, virão para a UPA”, diz Francine. 

Ela também explica que as crianças ficarão junto aos  adultos apenas na recepção da UPA, no processo de estratificação de riscos (triagem). A medicação e a observação serão feitas em salas separadas. “As cadeiras para a sala de medicação das crianças, são novas, e até início de janeiro, o espaço deverá estar pronto”, afirma. 

O médico do HISB, Frederico Marques, explicou na coletiva de gabinete, realizada no mês novembro, que  são seis mil crianças que passam pelo hospital a cada mês, sendo 95% dos atendimentos casos ambulatoriais, e apenas 5% de internamento. Por este motivo, os casos ambulatoriais serão realizados nas unidades de saúde e na UPA, e os de urgência e emergência continuam no Infantil.  

A secretária Odila afirma que vai melhorar a agilidade de atendimento às crianças. “Será algo benéfico para ambos, vamos ter um atendimento mais rápido para casos de urgência e emergência no Hospital Infantil. A UPA tem espaço para atender à demanda, pois foi construída para isso”, comenta. 

Por que da mudança?

A partir da inauguração, que foi em 20 de julho deste ano, a UPA teve de 90 a 120 dias para a regularização dos atendimentos, e um deles refere-se ao setor de pediatria. Assim como outras especialidades, o hospital também deve oferecer o atendimento pediátrico para que o Ministério da Saúde repasse os recursos financeiros mensais referentes às especialidades.

Odila explicou que, há alguns anos, o Hospital Infantil cedeu o espaço para o município para que o atendimento às crianças fosse realizado, já que no antigo pronto atendimento não tinha estrutura para tal.

No Termo de Ajuste de Conduta (TAC), assinado entre a prefeitura e o Ministério Público, consta que, a partir da inauguração, as crianças passariam a ser atendidas na UPA. “Nós vamos ter de cumprir esse acordo junto ao Ministério Público. Hoje, a demanda na UPA suporta esse novo setor”, explicou. 

Como diferenciar